Praga rogada, algema e voto com sabor de açaí: quando o inusitado invade a Câmara
Praga rogada contra a Reforma da Previdência, algemas para prender corruptos, intervenção “militar e divina” e até voto com sabor de açaí. Essas foram algumas das falas inusitadas de deputados na sessão da Câmara que rejeitou nesta quarta-feira (25) a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB).
Depois que a votação começou na noite de quarta-feira, os deputados tinham apenas quinze segundos para declarar seus votos - antes que o microfone fosse cortado.
A maioria dos que votaram a favor do presidente, pela rejeição da denúncia, usaram argumentos como a estabilidade econômica e a possibilidade de Temer ser investigado após cumprir o mandato. Quem era contra recorreu ao combate à corrupção e críticas às mudanças da lei do trabalho escravo e à reforma da Previdência.
Mas alguns deputados foram além. Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) rogou uma praga contra a Reforma da Previdência. “Cuidado que praga de aposentado pega!”
O deputado cabo Daciolo (Avante-RJ) convocou dois tipos de intervenção no sistema democrático ao votar contra Temer: “Contra essa quadrilha, essa organização criminosa, que envolve parte da bancada evangélica eu voto não e intervenção militar e divina já”, disse.
O delegado Waldir (PR-GO) tirou algemas do paletó para simular a prisão de corruptos. “Senhor presidente, sou independente. Pelo povo brasileiro, pelo povo de Goiânia, pelo povo de Goiás. Contra a corrupção, contra o foro privilegiado, cadeia, algema.”
Luizianne Lins (PT-CE) citou uma parte de música de Renato Russo: “Presidente, por fim desse teatro de vampiros que o Brasil está vendo.”
E houve também quem usasse o tempo para elogiar a atuação do presidente da Câmara, como o deputado Luiz Henrique Mandetta que, como Rodrigo Maia, também é do DEM.
Mas o elogio dele foi tímido se comparado à fala do deputado Fernando Torres (PSD-BA): “Senhor presidente (da Câmara), eu voto pelos baianos, 90% dos baianos quer que o presidente (Temer) saia. E eu queria, presidente, vou falar rápido, eu queria que você fosse o presidente. Você (nos) trata tão bem”.
“Tiro logo o microfone, porque até eu sou boicotado aqui dentro”, respondeu Maia.
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