Juiz da Lava Jato no Rio vira habitué no Twitter e bate boca com internautas: "não fale abobrinhas"
Responsável pela 1ª instância da Lava Jato no Rio de Janeiro, o juiz federal Marcelo Bretas tornou-se habitué no Twitter. No microblog desde o começo de outubro, Bretas aderiu tanto à rapidez dos posts --tem escrito diariamente--, quanto aos já tradicionais bate-bocas na rede.
Ao compartilhar uma reportagem citando uma aspa do presidente do PR, Antônio Carlos Rodrigues, preso na terça-feira (28) pela Polícia Federal, em que o ex-ministro afirmava que não iria se submeter “às humilhações do cárcere”, defendeu as prisões determinadas por ordem judicial, que vê como “legítima resposta do Estado” a desvios.
Bretas também já cobrou o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), elogiou o juiz do STF Luís Roberto Barroso e replicou um comentário do coordenador da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, Deltan Dellagnol, que havia se solidarizado com o magistrado após Gilmar Mendes, ministro do Supremo, barrar a transferência do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) para um presídio federal.
O juiz havia determinado a medida após ter considerado que houve uma ameaça subliminar do ex-governador durante um depoimento. Gilmar, no entanto, reformou a decisão do juiz.
Apesar de já ter mais de 13 mil seguidores, o juiz acompanha apenas 29 contas, entre elas, o perfil oficial do Papa Francisco e do cantor Lulu Santos, além de sites de notícias e perfis da Justiça Federal e do Ministério Público. Até esta quarta-feira (29), Bretas havia postado ou retuitado 58 mensagens.
Confirmando-se a informação abaixo, o Sr Governador Pezão merecerá meus parabéns!
Torço pelo fim de nomeações puramente políticas para cargos técnicos, empresas públicas etc ...
Após prisão de deputado, Pezão já sabe o que fazer quanto à vaga no TCE https://t.co/— Marcelo Bretas (@mcbretas) November 27, 2017
Assim como o juiz Sergio Moro, Bretas ganhou projeção com os casos da Lava Jato e tem proferido sentenças mais duras do que as do curitibano. Em agosto, um ato em sua defesa reuniu políticos, juízes e procuradores no Rio, colocando no mesmo lado até os antagônicos grupos "Vem pra Rua" e "Mídia Ninja".
O juiz foi o responsável por determinar a prisão preventiva de Cabral, que completou um ano em novembro, e já o condenou duas vezes -- em uma das ações, da Operação Calicute, condenou o peemedebista a 45 anos e dois meses de prisão contra os 14 anos determinados pelo curitibano em outro processo que corre contra o ex-governador.
Apesar de evitar responder diretamente aos questionamentos sobre sua atuação nos processos que julga, Bretas já defendeu em audiência que dar entrevistas é uma forma de os magistrados prestarem contas à sociedade -- a defesa de Cabral chegou a pedir a sua saída dos casos envolvendo o peemdebista depois da publicação de uma reportagem com Bretas no jornal "Valor Econômico". Agora no Twitter, abriu mão de intermediários.
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