Após entrevista polêmica, Segovia se cala a jornalistas e diz ser "bom estar do lado" da imprensa
O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, se negou nesta quarta-feira (21) a conversar com jornalistas quando questionado sobre a reunião que teve nesta semana com o ministro Luís Roberto Barroso, relator do inquérito dos portos no STF (Supremo Tribunal Federal) que investiga uma possível conduta irregular do presidente Michel Temer (MDB).
Devido à intimação de Barroso, Segovia prestou esclarecimentos na segunda (19) sobre as declarações dadas à agência de notícias Reuters. Na entrevista publicada há duas semanas, o diretor da PF afirmou não haver indício de crime no inquérito que apura se Temer favoreceu empresas no porto de Santos por meio de um decreto em troca de propinas. Ele também indicou que a investigação pode ser arquivada em menos de dois meses.
Ao lado do ministro da Defesa, Raul Jungmann, Segovia participou nesta quarta de cerimônia para lançamento de atualização do Sistema Integrado de Alerta de Desmatamento no Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia, em Brasília.
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Jungmann deu uma entrevista à imprensa após o evento e teve ao seu lado o diretor-geral da Polícia Federal. Ao término da fala do ministro, Segovia foi questionado por jornalistas sobre o encontro com Barroso e se achava ter sido mal interpretado na entrevista à Reuters. Também foi perguntado sobre a utilização de mandados coletivos na intervenção federal na área de segurança pública no Rio de Janeiro.
O diretor da PF se recusou a responder todas as perguntas. Comentou uma viagem para a África do Sul, falou para cinegrafistas terem cuidado com uma porta no caminho e só se pronunciou novamente quando questionado sobre como se sentia cercado pela imprensa sendo diretor-geral da PF.
“É ótimo. É sempre bom estar do lado dela. Sempre fui um parceiro da imprensa”, disse.
Na tentativa de se esquivar dos jornalistas, Segovia inicialmente entrou em uma sala do complexo onde estava ocorrendo o evento acompanhado de um segurança. No entanto, não havia saída para o estacionamento, onde seu motorista esperava com o carro ligado. Ele esperou cerca de 10 minutos dentro da sala, com a imprensa do lado de fora. Quando percebeu que os repórteres não sairiam do local, resolveu caminhar até o carro em silêncio.
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