Aécio diz que já esperava decisão do STF e que vai provar sua inocência
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse nesta terça-feira (17) que já esperava pela decisão da 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) que aceitou uma denúncia contra ele e o transformou em réu pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de justiça.
“Eu recebo com absoluta tranquilidade a decisão da 1ª turma do STF, até porque já era esperada”, disse Aécio durante pronunciamento em seu gabinete no Senado, sem possibilidade de abrir para perguntas dos jornalistas. O tucano voltou a criticar a delação de executivos da J&F e disse que irá provar sua inocência.
"Agora terei a oportunidade que eu não tive até aqui de provar, de forma clara e definitiva, a absoluta correção dos meus atos", disse o senador.
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A declaração foi dada minutos após a sessão da 1ª Turma do STF. Por 5 votos a 0, os ministros da 1ª turma votaram por acatar a denúncia por corrupção passiva. Com relação ao crime de obstrução de justiça, a votação terminou em 4 a 1.
A denúncia contra Aécio teve como base a delação de executivos da J&F, divulgada em 2017, na qual Aécio foi flagrado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista. Nas gravações, Aécio afirma que o dinheiro seria usado para pagar despesas com advogados. A defesa de Aécio nega que tenha havido irregularidade no pedido e alega que o dinheiro solicitado a Joesley não seria propina, e sim um empréstimo.
Aécio ainda é alvo de mais um inquérito oriundo das delações da J&F e de outros cinco originados a partir da delação da Odebrecht.
Em um pronunciamento breve, Aécio voltou a dizer que foi alvo de uma armadilha montada por executivos da J&F e integrantes do MPF (Ministério Público Federal).
“Estou sendo processado por ter aceito um empréstimo de um empresário [...] Não houve dinheiro público envolvido, ninguém foi lesado nessa operação. O que houve foi uma gravíssima ilegalidade no momento em que esses empresários, réus confessos de inúmeros crimes, associados a membros do Ministério Público, o que é mais grave, que tentaram dar a impressão de ilegalidade em toda essa operação, repito, privada, para se verem livres dos inúmeros crimes que cometeram”, disse Aécio que terminou seu pronunciamento.
Uma das principais teses da defesa de Aécio é a de que as gravações nas quais ele aparece pedindo dinheiro a Joesley Batista foram forjadas para dar ar de ilegalidade à uma operação que, segundo o tucano, era legal.
A defesa também aponta para as suspeitas de que o então procurador Marcelo Miller teria orientado executivos da J&F durante as negociações do acordo de delação premiada firmado com a PGR antes de se desligar de suas funções públicas.
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