Filha de Temer depõe à PF por cerca de quatro horas
A psicóloga Maristela Temer, filha do presidente Michel Temer (MDB), prestou depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (3) no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, por cerca de quatro horas. Nem ela nem seu advogado, Fernando Castelo Branco, falaram com a imprensa no local.
Após deixar a PF, seu advogado disse, por meio de mensagem, que Maristela respondeu a todas as perguntas dos policiais, em um depoimento "elucidativo". Em nota, ele disse que a filha de Temer "continua disposta a colaborar com as investigações".
A PF trabalha com a suspeita de que Temer tenha usado obras em residências de parentes e transações imobiliárias em nome de terceiros para lavar dinheiro de propina. O presidente nega as acusações (leia mais abaixo).
Segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”, naquele ano, Temer teria recebido ao menos R$ 2 milhões em propina por meio do coronel João Baptista Lima Filho, amigo do presidente, de acordo com delações de funcionário da JBS.
Lima chegou a ficar preso por dois dias na Operação Skala, no fim de março, quando prestou depoimento à PF. No ano passado, na Operação Patmos, a PF encontrou documentos sobre a obra na casa do coronel Lima.
Florisvaldo Oliveira, ex-funcionário da JBS, disse em acordo de delação premiada que entregou R$ 1 milhão ao coronel Lima em 2014 como parte de um total de R$ 15 milhões para a campanha daquele ano. O valor teria sido acertado com Temer. Outro delator da JBS, Ricardo Saud, afirmou ter ordenado a entrega do dinheiro.
Defesa de Temer nega irregularidades
A defesa de Temer diz que as transações imobiliárias são legais e compatíveis com seus rendimentos.
Na semana passada, após a intimação de Maristela, o presidente disse ser alvo de uma "perseguição criminosa disfarçada de investigação".
Hoje, quando questionado pela imprensa sobre o depoimento da filha, Temer disse apenas: "Registre o meu sorriso."
No domingo (29), foi cancelada a viagem que Temer faria ao Sudeste Asiático a partir de sábado (5).Segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência, o "adiamento" ocorreu apenas por causa do "calendário eleitoral", e não tem relação com as investigações.
A defesa de coronel Lima e Maria Rita nega que eles tenham cometido irregularidades. Até o momento, nem Maristela, nem seu advogado comentaram a investigação.
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