Condenado pelo mensalão tucano, Azeredo vai ficar preso em sala do Corpo de Bombeiros
Condenado a 20 anos e um mês de prisão por peculato e lavagem de dinheiro, o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) vai iniciar o cumprimento de sua pena em uma sala de um batalhão do Corpo de Bombeiros. A informação foi confirmada pelo superintendente de Investigação e Polícia Judiciária da Polícia Civil de Minas Gerais, Carlos Capristrano.
Azeredo é considerado foragido pela polícia desde a manhã desta quarta-feira (23).
Na última terça-feira (22), a Justiça mineira expediu um mandado de prisão contra Azeredo, condenado por fazer parte do esquema que ficou conhecido como mensalão tucano. Ele nega seu envolvimento no caso.
Desde ontem, a defesa e a Polícia Civil vêm mantendo negociações para definir os detalhes sobre o local e o momento em que o tucano irá se entregar à Justiça.
Segundo o delegado, a decisão de colocar Azeredo em uma sala de um batalhão do Corpo de Bombeiros e não em uma prisão levou em consideração o fato de ele ser político e o clima de instabilidade nos presídios mineiros.
“[A decisão foi tomada] considerando a figura pública do doutor Eduardo Azeredo, uma vez que ele foi governador do estado, ex-senador da República, ex-deputado federal, e também pelas condições dos presídios mineiros”, disse o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, a sala em que Azeredo ficará não terá privilégios. “A sala terá apenas o indispensável à sobrevivência dele durante o período em que ele ficar custodiado por lá. Teremos agentes penitenciários diuturnamente fazendo a guarda dele”, afirmou.
Segundo despacho do juiz estadual Luiz Carlos Rezende e Santos, Azeredo não devera usar algemas durante sua prisão, salvo em situações "excepcionalíssimas". Além disso, não devera usar uniforme de presidiário. O ex-governador poderá usar as roupas que forem levadas por sua família.
O juiz considerou em sua decisão que é "inegável que o sentenciado detém status de ex-governador do estado (...) o qual lhe deferiu a autoridade máxima de comando sobre a Polícia Civil e Militar de Minas Gerais", disse um trecho do documento.
Policiais nos aeroportos
O delegado também afirmou que a polícia ainda está em contato com a defesa de Azeredo e que aguarda que o político se apresente o mais rápido possível. Entretanto, disse que agentes da Polícia Civil já fizeram diligências em endereços ligados ao ex-governador sem encontrá-lo.
Capristrano informou que agentes foram deslocados para localidades na região metropolitana e que há policiais de prontidão nos aeroportos que atendem à capital mineira como o da Pampulha e o de Confins.
“A partir do momento em que a polícia identificar (onde ele está), independentemente destas tratativas com os advogados, a gente pode dar cumprimento ao mandado de prisão”, afirmou ele.
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