Ato em Brasília reúne 50 mil, estima organização; PM fala em 20 mil pessoas
Cerca de 20 mil pessoas participam em Brasília do ato em favor do governo de Jair Bolsonaro (PSL), na manhã de hoje. O cálculo foi feito pela Secretaria de Segurança Pública e informado pela Polícia Militar. Os organizadores do ato em Brasília calculam que pelo menos 50 mil estiveram na Esplanada dos Ministérios, de acordo com a coordenadora da ONM (Organização Nacional dos Movimentos), Lúcia Otoni.
O grupo iniciou a concentração na altura da Biblioteca Nacional e seguia em direção à Praça dos Três Poderes, onde estão o Palácio do Planalto e o Congresso. Parte dos manifestantes foi direto para o gramado situado em frente à Casa Legislativa. Não há registro de confusão até o momento.
Há várias faixas e cartazes em favor de medidas como a reestruturação dos ministérios do governo Bolsonaro, o pacote anticrime do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e a reforma da Previdência.
A multidão está concentrada no entorno de dois trios elétricos caracterizados com faixas de grupos de direita. Participam da organização do ato movimentos como Limpa Brasil e Direita Brasil. A maioria dos presentes veste roupas nas cores da bandeira brasileira, verde e amarela.
Declarado fã do presidente Jair Bolsonaro, o advogado Paulo Souto afirmou ter feito questão de convencer toda a família a comparecer ao protesto na Esplanada dos Ministérios. "É uma obrigação de todo brasileiro lutar pelo que acredita. E eu tenho certeza que o Bolsonaro está no caminho certo", comentou.
O que querem os manifestantes
Os movimentos defendem pautas de interesse do governo, como a reforma da Previdência e o pacote anticrime, e repudiam o "centrão" --visto pelos militantes como obstáculo à aprovação das propostas no Congresso.
Entre os movimentos da sociedade civil que convocaram as manifestações estão Nas Ruas, Avança Brasil e Ativistas Independentes. O Clube Militar também declarou seu apoio, e parlamentares federais e estaduais do PSL confirmaram presença.
Os organizadores dos atos negam envolvimento com o governo ou partidos e tratam o movimento como "espontâneo". Bolsonaro cogitou participar das manifestações, segundo relatos de pessoas próximas, mas depois anunciou publicamente que não o faria.
Possíveis impactos para o governo
As manifestações podem servir de termômetro do apoio a um governo que recebeu a pior avaliação para um começo de mandato nos últimos 24 anos e foi alvo de uma grande mobilização da oposição em seu quinto mês de vida, motivada pelos cortes nas universidades públicas.
O domingo também deixa no ar a expectativa sobre a reação da classe política ao que acontecerá nas ruas, já que a mobilização dos militantes pró-Bolsonaro tem como pano de fundo a turbulenta relação entre Executivo e Legislativo.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse neste mês que o Congresso aprova a nova Previdência "com o governo ajudando ou atrapalhando". Bolsonaro, por sua vez, endossou dois dias depois uma carta em que o Brasil é descrito como "ingovernável" fora de "conchavos", em discurso de tom bastante similar ao adotado pela militância que promete apoiá-lo hoje.
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