Bolsonaro diz que só falta "ouvir o Queiroz" em investigações sobre Flávio
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que está "sobrando apenas ouvir o Queiroz" para esclarecer as investigações sobre as movimentações financeiras do filho Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), atual senador. Fabrício Queiroz é ex-assessor de Flávio e investigado por ser o pivô de um esquema de lavagem de dinheiro, quando o filho de Jair Bolsonaro era deputado estadual no Rio.
"Tá sobrando apenas ouvir o Queiroz", disse Bolsonaro, após dar explicações sobre suspeitas sobre movimentações de Flávio.
A declaração foi dada após ser questionado por jornalistas sobre diálogos revelados ontem pelo site The Intercept Brasil em que o procurador da Lava Jato, Deltan Dalagnol, afirmou que "certamente" o senador Flávio Bolsonaro está implicado no caso envolvendo o ex-assessor parlamentar.
Na semana passada, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, acatou pedido da defesa de Flávio e suspendeu inquéritos, PICs (procedimentos de investigação criminal) e ações penais que utilizem informações de inteligência financeira --obtidas de órgãos como Receita Federal, Banco Central e o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão subordinado ao Ministério da Economia-- sem prévia supervisão e autorização judicial.
Em seguida, Bolsonaro reafirmou a tese exposta pelo filho que os depósitos de R$ 2 mil, feitos na boca do caixa aconteceram porque este é o limite para se fazer depósito. "Esses depósito feitos por envelope são o limite. O limite é de R$ 2 mil. Eu não sei quantos... talvez alguns milhões de depósitos são feitos por semana nesse sentido", disse em referência ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
O terceiro ponto defendido por Bolsonaro foi em relação às negociações de imóveis do filho. "Alguns imóveis ele comprou na planta e estava pagando mensalidade e um tempo depois vendeu. O MP estadual do Rio de Janeiro levou em conta que o valor total do preço estimado do imóvel. Não é verdade... Tá sobrando apenas ouvir o Queiroz", disse. Bolsonaro fez a defesa do filho, mas não comentou os diálogos de Deltan.
Caso Queiroz
O ex-assessor parlamentar reconheceu ter recolhido parte dos salários dos servidores do gabinete do então deputado estadual Flávio.
Queiroz disse que o dinheiro era para contratar assessores informais e ampliar a base de atuação de Flávio. Já o MPE (Ministério Público Estadual) no Rio apura se havia "rachadinha", esquema ilegal em que servidores passam parte do salário ao deputado que os contratou.
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