STF julga agora pedido de liberdade ou suspensão de transferência de Lula
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, decidiu levar para julgamento pelo plenário do tribunal na tarde de hoje o recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra a decisão judicial que determinou sua transferência da carceragem da Polícia Federal em Curitiba para um presídio em São Paulo.
No recurso, a defesa de Lula também pede que ele seja posto em liberdade
Mais cedo, Toffoli, havia afirmado que a decisão seria tomada ainda hoje, sem adiantar qual seria a determinação - se favorável à transferência ordenada pela juíza federal Carolina Lebbos, ou se atenderia a defesa de Lula.
"À Justiça cabe decidir de acordo com a Constituição e as leis. Acabou de dar entrada um pedido aqui que será analisado da maneira mais rápida e urgente possível, e penso que ainda hoje haverá alguma decisão. O sentido dessa decisão não sei qual será, mas com certeza deve haver uma decisão ainda hoje. Era o que eu queria dizer às senhoras e os senhores", afirmou Toffoli ao fim de reunião com congressistas de diferentes partidos na tarde de hoje no STF.
Cerca de 60 parlamentares, entre deputados federais e senadores, de partidos da esquerda e de centro, procuraram o presidente do STF para contestar a decisão das Justiças do Paraná e de São Paulo de transferir o ex-presidente.
Na rápida fala aos parlamentares, Toffoli classificou o ato como "significativo" por ter reunido um grande número de lideranças de partidos com posições distintas no campo político.
"É significativo porque eu não estou recebendo alguns parlamentares, eu estou recebendo lideranças de vários partidos. Realmente é algo significativo, não me lembro de ter havido um momento desse de tantos parlamentares e tantas lideranças, com visões diferentes da política, da sociedade e do mundo, representantes do povo brasileiro, estando aqui fazendo um depoimento na defesa do que as senhoras e os senhores aqui defenderam", afirmou Toffoli.
A defesa de Lula recorreu contra a transferência ao STF. O recurso foi dirigido ao ministro Gilmar Mendes, que havia pedido vista do processo. Hoje, o relator da ação, ministro Edson Fachin, encaminhou o recurso a Toffoli para que o presidente do STF decida qual ministro deverá analisar o pedido para sustar a transferência.
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