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Maia rebate Heleno e diz que general virou auxiliar do radicalismo de Olavo

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, durante evento da revista Piauí em São Paulo - Aloisio Mauricio /Fotoarena/Folhapress
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, durante evento da revista Piauí em São Paulo Imagem: Aloisio Mauricio /Fotoarena/Folhapress

Guilherme Mazieiro

Do UOL, em Brasília

04/11/2019 12h29Atualizada em 04/11/2019 15h50

Resumo da notícia

  • Presidente da Câmara afirma que ministro-chefe do GSI é 'cabeça ideológica'
  • General afirmou na semana passada que seria preciso 'estudar como fazer' um novo AI-5
  • Heleno disse ainda que o Parlamento 'tem mais o que fazer' que convocá-lo para depor
  • Segundo Maia, "é uma pena que o general tenha caminhado para essa linha''

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), rebateu hoje uma declaração do ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e disse que o general da reserva virou um "auxiliar do radicalismo" de Olavo de Carvalho. Heleno é um das pessoas mais próximas e influentes no governo Jair Bolsonaro (PSL).

"É uma cabeça ideológica, infelizmente ministro Heleno virou um auxiliar do radicalismo do Olavo", afirmou Maia em referência ao guru ideológico de Bolsonaro.

Heleno deu duas declarações sobre a polêmica do AI-5, defendido por Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como uma possibilidade no caso, segundo ele, de radicalização da esquerda. Logo após a fala do filho do presidente, o ministro disse ao jornal Estado de S. Paulo que precisaria estudar como seria um "novo AI-5". Em seguida, em resposta ao colunista do UOL, Reinaldo Azevedo, que havia defendido que ele fosse convocado pelo Congresso ele afirmou, em postagem no Twitter, que "os parlamentares têm mais o que fazer" do que chamá-lo para depor.

Para Maia, a manifestação de Heleno "foi grave". "Além disso ainda fez críticas ao Parlamento, como se o Parlamento fosse um problema para o Brasil (...). Uma pena que um general da qualidade dele tenha caminhado nessa linha", afirmou o presidente da Câmara, que está participa de m evento no Recife.

Na semana passado, a oposição anunciou que pedirá a cassação de Eduardo no Conselho de Ética em razão menção à ditadura militar. O deputado chegou a dizer depois que "foi infeliz" ao sugerir a criação de um novo AI-5.

O AI-5 marcou uma virada na ditadura militar (1964-85) e o endurecimento do regime. Entre outras medidas extinguiu o habeas corpus e dechou o Congresso. A fala foi repelida pelos principais partidos do país, ministros do Supremo Tribunal Federal, pelos presidentes da Câmara e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e também pelo próprio presidente da República.

Para Jair Bolsonaro, no entanto, uma eventual punição ao filho seria perseguição política.

Bolsonaro diz que punir Eduardo seria perseguição política

UOL Notícias