Políticos repudiam fala de Paulo Guedes sobre AI-5
Políticos como o ex-presidente Lula, Fernando Haddad, Orlando Silva e Jean Wyllys repudiaram hoje a fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, que afirmou não ser possível se assustar com a ideia de alguém pedir o AI-5 diante de uma eventual radicalização dos protestos no Brasil. Nesta manhã, o assunto era o mais comentado no Twitter.
Em uma entrevista coletiva ontem em Washington, Guedes disse que os discursos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que saiu da prisão no último dia 9, levam ao acirramento das ações do governo de Jair Bolsonaro.
"É irresponsável chamar alguém pra rua agora pra fazer quebradeira. Pra dizer que tem que tomar o poder. Se você acredita numa democracia, quem acredita numa democracia espera vencer e ser eleito. Não chama ninguém pra quebrar nada na rua. Ou democracia é só quando o seu lado ganha? Quando o outro lado ganha, com dez meses você já chama todo mundo pra quebrar a rua? Que responsabilidade é essa? Não se assustem então se alguém pedir o AI-5. Já não aconteceu uma vez? Ou foi diferente?", disse Guedes, em referência ao período de 20 anos de ditadura militar que o país viveu.
Decretado em 1968, durante a ditadura militar, o AI-5 fechou o Congresso Nacional, cassou mandatos, suspendeu o direito a habeas corpus para crimes políticos, entre outras medidas que suspenderam garantias constitucionais. O ato é considerado o início do período mais duro da ditadura.
No mês passado, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos filhos do presidente, sugeriu a criação de um novo AI-5, caso a esquerda radicalize. A fala foi repudiada por entidades da sociedade civil e autoridades. No mesmo dia, o presidente desautorizou o filho e disse que qualquer um que fale em AI-5 "está sonhando".
Veja as reações diante da fala de Guedes:
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