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Eduardo lamenta ataque a youtuber bolsonarista e provoca esquerda

Karol Eller e Jair Bolsonaro  - Reprodução/Instagram
Karol Eller e Jair Bolsonaro Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

17/12/2019 17h55

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), lamentou por meio das redes sociais o ataque contra a youtuber Karol Eller, amiga íntima da família Bolsonaro.

Segundo o colunista Leo Dias, do UOL, Karol estava em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, acompanhada de sua namorada, quando foi abordada por um homem, que já de forma violenta a questionou: 'Como é que você consegue namorar um mulherão desses hein?'. O que era uma provocação rapidamente virou agressão. Ela foi atacada com socos e pontapés.

No Twitter, Eduardo prestou solidariedade a youtuber e uma provocação à esquerda.

"Deixo aqui minha solidariedade a Karol Eller. As fotos são bizarras", iniciou ele. "Lésbica e apoiadora do presidente Bolsonaro, ela já superou muitas situações difíceis, oro pra que logo se recupere. Pela direita, o agressor teria pesada prisão. Será que a esquerda apóia tal medida?", questionou, em seguida.

O porta-voz do Planalto, Otávio Santana do Rêgo Barros, afirmou hoje que Jair Bolsonaro "rechaça qualquer tipo de violência" após ser questionado pelos jornalistas se o presidente comentou algo sobre o ataque homofóbico que sofreu a youtuber.

"O presidente rechaça qualquer tipo de violência. É nesse caminho, nessa toada, de sensibilidade pessoal e social que ele se coloca em contra esse desqualificado ataque a essa cidadã", disse o porta-voz.

Karol Eller ficou conhecida não só pelos seus vídeos no YouTube, mas também pelas declarações polêmicas e de apoio ao então candidato Jair Bolsonaro.

Ainda de acordo com Dias, Karol se mudou de Minas para o Rio de Janeiro recentemente após ganhar um cargo na EBC (Empresa Brasil de Comunicação), que gere emissoras de rádio e televisão públicas federais. A notícia do novo emprego da amiga íntima da família Bolsonaro repercutiu na mídia, inclusive divulgando o salário dela, que seria de R$10.700.

Políticos de esquerda prestam solidariedade

Ativistas e políticos de esquerda também manifestaram apoio e solidariedade a Karol Eller, por meio de publicações nas redes sociais.

David Miranda, deputado federal do PSOL, por exemplo, escreveu que a violência não faz distinção da preferência partidária e atinge a todos.

"Lamentavelmente Bolsonaro alimenta a LGBTfobia e o discurso de ódio contra nós. A violência não faz distinção por preferência partidária e atinge a todos nós. Isso não é impeditivo pra que prestemos nossa solidariedade à Karol Eller, que se recupere logo", afirmou ele.

Deputado federal também pelo PSOL, Marcelo Freixo classificou a agressão a youtuber como "inaceitável".

"O que aconteceu com a youtuber Karol Eller, agredida num ataque homofóbico no Rio, é inaceitável. Repudio a violência, não importam quais sejam as convicções políticas da vítima. Me solidarizo com Karol e com a comunidade LGBT, alvo de discursos de ódio que alimentam a barbárie."

Sâmia Bonfim (PSOL-SP) disse que "a realidade de violência na qual vivem as LGBTs não distingue preferência partidária".

"Infelizmente, temos um presidente da República que estimula a homofobia ao declarar preferir um filho morto a um filho homossexual. Minha solidariedade a Karol Eller", afirmou.