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Maia critica ministros ideológicos e diz que atacar Lula não arruma o país

Rodrigo Maia - Alan Teixeira/Divulgação
Rodrigo Maia Imagem: Alan Teixeira/Divulgação

Marcelo Freire

Colaboração para o UOL, em São Paulo

18/02/2020 12h45

O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez críticas hoje ao que chamou de "mundo ideológico", dentro do Palácio do Planalto, que atua para uma parte das redes sociais.

Maia citou a presença de fake news nesses meios e disse que ataques ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT não ajudarão a resolver os problemas sociais do Brasil. As declarações foram dadas durante o evento CEO Conference 2020, promovido pelo banco BTG Pactual, em São Paulo.

"Tem ministros do governo que se consideram ministros de parte de uma agenda das redes sociais", afirmou Maia, durante um painel ao lado do ex-ministro Nelson Jobim. "São grupos dentro do governo que querem ficar nessa polarização eleitoral e ideológica."

"Sem dúvida ainda existe esse mundo ideológico do governo, em alguns ministérios importantes. Mais grave do que as besteiras que se fala, é você ter pastas tão decisivas para a nação e o problema verdadeiro dessas pastas não está senso tratado. O que está sendo tratado é essa agenda que transforma um tema pequeninho, mas que em tese vai atingir o PT, em um tema na rede social", disse Maia.

"Tem pessoas no governo que ainda acham que atacar o ex-presidente Lula vai resolver a qualidade da educação, vagas no hospital, reduzir a violência ou o desemprego. Esse ambiente de fake news não gera soluções para os problemas gerais da sociedade brasileira", acrescentou.

Maia também disse que o mundo ideológico não é de direita - "eu chamaria de autoritário" - e afirmou que esse grupo quer enfraquecer o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. Em seguida, disse que essas críticas não incluíam o presidente Jair Bolsonaro. "Eu tiro o presidente disso, minha relação com ele é muito positiva."