Estudo aponta aumento do nível de populismo em convocação de Bolsonaro
Resumo da notícia
- Pesquisa internacional identificou populismo de Bolsonaro
- Dados inéditos mostram que discurso de Roraima aumentou característica
- Nível de populismo iguala índices das eleições de 2018
- Bolsonaro se apresenta como representante do povo, diz pesquisador
A nova convocação para as manifestações do próximo domingo (15) fez o populismo reinaugurado no Brasil pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) subir para níveis só vistos na reta final da campanha eleitoral de 2018.
É o que mostram estudos de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que participam do Team Populism, projeto da Universidade de Brigham Young (BYU), nos EUA, que monitora o fenômeno no planeta.
Em Roraima, Bolsonaro disse que os protestos marcados são um "movimento que quer mostrar para todos nós, para Executivo, Legislativo e Judiciário, que quem dá o norte para o Brasil é a população".
Os pesquisadores do Centro de Comportamento Político (Cecomp) da UFMG, Mário Fuks e Eduardo Ryo Tamaki, mostraram ao UOL números inéditos dos estudos que desenvolvem sobre o tema desde 2018.
Pela metodologia do Team Populism, um político — seja de esquerda, centro ou direita — que atinge nota maior ou igual a 0,5 numa escala até 2 é considerado populista.
Bolsonaro aumentou a força de seus discursos populistas na campanha eleitoral. Chegou a 0,9 durante o segundo turno.
Depois, no primeiro semestre de 2019, baixou o tom. Ficou em 0,6 em junho do ano passado. Mas, no discurso de Roraima, retomou para o índice de 0,9, destacou Tamaki ao UOL.
"Se você for olhar pelos números e pelo teor do discurso, ele retoma esse nível de populismo agora em Roraima também."
Para ele, o presidente se vale desse artifício para obter apoio de seu núcleo duro em um momento em que está cercado de problemas desde o final do ano passado.
Entre a questões mencionadas por Tamaki, estão o crescimento do Produto Interno Bruto abaixo dos níveis recentes da era de Michel Temer (MDB), os escândalos de corrupção, a morte de Adriano Nóbrega e os ataques de seus ex-aliados e adversários no Congresso, a elite da política.
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