Marina Silva cita desafio 'dramático' de Teich e lamenta rixas de Bolsonaro
A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (REDE-AC), afirmou hoje via Twitter que o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, tem um desafio "imenso e dramático" pela frente durante a pandemia do coronavírus.
Ela ainda lamentou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) siga encontrando "bodes expiatórios para esconder sua incompetência" e que "já demonstrou não ter a mínima capacidade de atuar em regime de cooperação".
Ontem, o presidente atacou Rodrigo Maia (DEM), avaliando que o presidente da Câmara está conduzindo o país ao "caos" e parece ter como intenção tirá-lo do governo.
"É lamentável que nesse momento tão difícil, o presidente insista em querer achar bodes expiatórios para esconder sua incompetência. Sua acusação contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o STF e o governador Doria é extremamente grave", disse.
"O ministro Nelson Teich tem um desafio imenso e dramático pela frente. Mesmo que precise de tempo, esse tempo não existe", completou.
Marina Silva também criticou, novamente, a falta de apoio do chefe do Executivo ao isolamento social e que isso pode ser um perigo para as pessoas.
"Quando o presidente diz que o remédio "não pode ser pior que a doença", esconde o fato de que as suas proposições de afrouxamento do isolamento social são exatamente as medidas que fizeram explodir o contágio e o número de mortes em outros países", analisou a ex-ministra.
"Em tempo, se a troca do Ministro da Saúde foi por conta do presidente ser contrário ao isolamento social defendido pelo ex-ministro Mandetta e agora temos alguém alinhado com a sua posição, corremos o sério risco das pessoas sentirem-se liberadas para quebrar o isolamento social", acrescentou.
Por outro lado, Marina concorda com Teich sobre a massificação de testes, mas pediu máxima urgência para se familiarizar com a máquina do sistema de saúde pública.
"A fala do novo Ministro sobre a necessidade de mais dados e da massificação de testes está correta, mas o momento exige atitude diante de uma realidade que já existe: os sistemas de saúde de vários estados estão em situação bastante crítica, à beira do colapso", escreveu.
"Terá que agir com máxima urgência, se familiarizar com a máquina do sistema de saúde pública e as ações em andamento, estruturar sua equipe e enfrentar a falta de equipamentos, testes, materiais de apoio, leitos e sobrecarga de trabalho das equipes médicas e de saúde", completou.
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