Bolsonaro admite que Moro não assinou saída de Valeixo: 'Isso é de menos'
Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu hoje, após a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, que Sergio Moro não assinou o documento de exoneração do então diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo; porém, a assinatura do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública estava na primeira versão do ato publicado no Diário Oficial em 24 de abril.
"E assim foi publicado no Diário Oficial. Lamento ter constado o nome do ministro da Justiça [Moro] ali, porque é praxe. Quando o presidente mexe no ministério, entra o nome do ministro embaixo. Se os senhores virem qualquer decreto, existe isso. Se interessa ao ministério tal, tem o nome do ministro embaixo. O Moro não assinou aquilo? Isso é de menos", minimizou Bolsonaro em entrevista à CNN Brasil.
Depois de Moro contestar a presença de sua assinatura eletrônica no documento, o governo republicou a demissão de Valeixo em edição extra do Diário Oficial ainda no dia 24 de abril, desta vez sem a assinatura do ex-ministro da Justiça.
Na ocasião, o novo ato foi assinado por Walter Braga Netto, ministro-chefe da Casa Civil, e Jorge Oliveira, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência.
O assunto voltou ao noticiário nacional hoje, após o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizar a quebra do sigilo do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril.
A conversa de Bolsonaro com os ministros é apontada por Moro como prova de que o presidente teria tentado interferir na Polícia Federal para ter acesso a investigações.
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