Topo

Esse conteúdo é antigo

Marinho: Bolsonaro era inseguro na campanha e só deixou 'aloprados' agora

Do UOL, em São Paulo*

27/05/2020 11h51Atualizada em 27/05/2020 18h02

O empresário Paulo Marinho afirmou hoje, que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ficou apenas com ministros 'aloprados" em seu governo após a saída de Sergio Moro. Em entrevista à colunista do UOL Constança Rezende, ele revelou também que o presidente demonstrava "insegurança" durante a campanha eleitoral de 2018.

Em entrevista à Folha, Marinho fez denunciou que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), filho mais velho do presidente e de quem é suplente, teria sido avisado com antecedência da Operação Furna da Onça, que mirou deputados da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

Na conversa de hoje, o empresário criticou a atual gestão e afirmou que o governo perdeu credibilidade após a saída de Sergio Moro da pasta de Justiça e Segurança Pública, ocorrida em abril.

"Com a saída do ministro Moro, ficaram só os aloprados", disse. Marinho explicou que a queda de Moro foi um dos motivos para a revelação de suas denúncias. A outra foi a morte de Gustavo Bebianno, ex-presidente do PSL e que foi um dos aliados mais próximos de Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018.

Marinho revelou ainda detalhes de bastidores do pleito. "Eu percebia nele uma insegurança imensa. Para gravar um programa de televisão, era 20 vezes para gravar uma frase", contou o empresário, que teve a casa transformada em espécie de quartel-general da campanha, após Bolsonaro ter sido esfaqueado durante ato da campanha em Juiz de Fora (MG), em setembro daquele ano.

"Ele brigava com o teleprompter, ele não sabia usar, eu acho que ele estava totalmente despreparado para exercer a função que ele exerce hoje", completou Marinho.

Assista à integra da entrevista:

*Participaram desta produção Constança Rezende, Diego Henrique de Carvalho, Alex Tajra, Beatriz Sanz e Andréia Martins

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.