Grupos se dividem e manifestantes protestam contra Bolsonaro na Paulista
Um grupo de cerca de 50 manifestantes se reúne em ato contra o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na Avenida Paulista na tarde de hoje
Organizada pelo PCO, manifestação critica a mudança do ato pela democracia para o Largo da Batata.
"Estamos no nosso direito. Enquanto só os fascistas protestavam, não tinha problema. Se eles podem, nós também podemos.", criticou uma liderança no microfone.
A decisão por parte dos organizadores do ato original transferirem o evento para o Largo da Batata após decisão da Justiça paulista de proibir atos simultâneos na avenida também foi criticada. "Quando o Lula mandaria um ato dele para o fim do mundo?", questionou um manifestante.
De acordo com a Polícia Militar, que acompanha o ato com o Batalhão do Choque, não haverá impedimento se o grupo se mantiver no cruzamento entre a Paulista e a Consolação.
O grupo, por sua vez, diz ainda não ter decidido se deverá se movimentar.
Segundo a SSP, os organizadores dos atos, tanto pró quanto contra Bolsonaro, em diálogo com o MP (Ministério Público), comunicaram a mudança de local para que os eventos principais ocorram separadamente.
"Os grupos contrários ao governo Bolsonaro se reunirão na região do Largo da Batata e os favoráveis na avenida Paulista", afirmou a pasta.
Atos contra e a favor do presidente Bolsonaro estavam previstos para ocorrer na Paulista, a exemplo do domingo passado, mas o juiz Rodrigo Galvão Medina proibiu que grupos manifestamente antagônicos realizassem protestos no mesmo horário e local.
Torcedores pró-democracia, que encabeçaram a manifestação crítica ao presidente no domingo passado, criticaram a decisão judicial que proíbe atos antagônicos na Paulista e decidiram mudar o ato para o Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste.
No domingo passado, houve violência na Paulista. A PM foi criticada por supostamente ter defendido os manifestantes pró-Bolsonaro e atacado os manifestantes identificados como antifascistas, contra o presidente. A PM, depois, afirmou ser apartidária.
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