Doria critica Zambelli: 'Deputada que prefere engraxar botas de militares'
João Doria (PSDB), governador de São Paulo, criticou hoje em entrevista coletiva a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), chamando-a de "Mãe Dináh" por falar, ainda em maio, que a Polícia Federal (PF) iria deflagrar operações contra governos estaduais.
"Ela prefere cumprir o papel de 'Mãe Dináh' ao invés do papel de parlamentar. Trata a PF como polícia privada", criticou o governador, fazendo referência à famosa vidente brasileira que morreu em 2014.
"Não tem cargo nem mandato na PF, muito menos para ser porta-voz da polícia. Se ela estiver exercendo ilegalmente essa função, estamos falando de uma polícia política", completou.
Em entrevistada concedida no dia 25 de maio, Zambelli disse à Rádio Gaúcha que a PF deflagraria operações contra governadores, onde se apuraria ilícitos no combate ao novo coronavírus.
Um dia depois (26) a Polícia Federal realizou uma operação no Rio de Janeiro, com o governador Wilson Witzel (PSC) sendo um dos alvos.
"Quero registrar mais uma vez, Zambelli, que São Paulo tem todas as ações fiscalizadas pelos órgãos e que têm competência. Ouvidoria, MP (Ministério Público), Tribunal de Contas de TJ (Tribunal de Justiça)", disse Doria.
"[O estado de São Paulo] não precisa de vitrola parlamentar ideológica e nem de uma deputada que prefere engraxar as botas dos militares, principalmente do seu chefe, o presidente da república", completou.
Operações da Polícia Federal que apuram fraudes na compra de respiradores e licitações estão sendo deflagradas hoje no Pará, com o governador Helder Barbalho (MDB) sendo um dos alvos, no Amazonas e em Rondônia.
Deputada rebate Doria
Em nota enviada à imprensa, Zambelli rebateu as críticas feitas por Doria, a quem chamou de "ainda" governador se São Paulo.
"Não sou Mãe Dináh, mas prevejo, sim, que seu destino na vida pública será enterrado, pois o povo já sabe quem é o senhor", afirmou Zambelli em nota enviada à imprensa na tarde de hoje, na qual destaca Doria como "ainda" governador de São Paulo.
Na nota, a deputada também faz críticas ao governador paulista, que, segundo ela, "está mais preocupado em ficar 2 horas por dia fazendo lives" e acusações contra o presidente e seus apoiadores, do que em "cuidar da população".
Mais 15 dias de quarentena
Na mesma coletiva em que criticou a deputada, Doria anunciou o aumento da quarentena no estado por mais 15 dias. O novo período de isolamento contra a disseminação do novo coronavírus vai de 15 a 28 de junho.
De acordo com o político tucano, será uma quarentena "heterogênea", onde será aplicado o Plano São Paulo.
"São Paulo não segue pressão econômica, partidária, ideológica, nem de qualquer ordem, exceto da ciência e da saúde. Nos últimos 85 dias fizemos assim e vamos continuar a fazê-lo", disse o governador.
O governo paulista também anunciou que a Região Metropolitana, Baixada Santista e Vale do Ribeira estão autorizadas para a adoção da Fase 2 do plano de reabertura gradual da economia no estado.
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