Ex-apoiadora de Bolsonaro defende 'direito a números' e saída do presidente
A atriz e ex-apoiadora de Jair Bolsonaro (sem partido) Cris Bernart defendeu que "a população tem direito de saber como está a situação da covid-19". Ela foi hoje até o cercado do Palácio do Planalto, onde o presidente costuma se reunir para conversar com apoiadores, levando um cartaz com o número de vítimas mortas pela pandemia — 38.406 óbitos até ontem.
Em vídeo que circula pelas redes sociais, Bernart, que é integrante do MBL (Movimento Brasil Livre) alega que o cartaz foi tirado de suas mãos e que foi obrigada a deixar o espaço.
"Eles tiraram a gente ali de perto da imprensa, eu fui fazer uma crítica, fiz até um cartaz com o número de mortos, que depois tomaram da minha mão, para questionar por que ele está escondendo esses dados da gente. Birrinha da imprensa? Medo? A população tem direito de saber como está a situação da covid-19", afirmou. "Eu falei 'olha, são 38 mil famílias chorando'. Ele, como chefe de estado, simplesmente diz que é uma gripezinha, combina churrasco com ministro, leva tudo numa boa, finge que nada esta acontecendo."
Cris Bernart disse que se sente "traída" pelo presidente e que torce para sua saída do cargo.
"[Bolsonaro] falou que não ia fazer conchavo com ninguém e já está aí entregando cargo para o Centrão, com medo do impeachment. Do mesmo jeito que eu falei para ele ser eleito, hoje eu quero mais é que ele saia. Já estou louca para acordar com o Mourão gritando aquele 'bom dia' dele."
Ela criticou o "entra e sai" de ministros e, principalmente, a falta de um ministro da Saúde desde a demissão de Nelson Teich, há quase um mês.
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