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FHC, Sarney, Temer e Collor condenam ataque contra o Supremo

Para Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP), ataques ao STF "são contra a democracia"; Temer e Sarney prestaram apoio a ministro Dias Toffoli - Renato Araújo/Agência Brasil
Para Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP), ataques ao STF "são contra a democracia"; Temer e Sarney prestaram apoio a ministro Dias Toffoli Imagem: Renato Araújo/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

14/06/2020 23h17Atualizada em 14/06/2020 23h38

Quatro ex-presidentes da República se manifestaram hoje a respeito dos ataques dos quais o prédio do STF (Supremo Tribunal Federal) foi alvo na noite de ontem.

Por volta das 21h30 de sábado, manifestantes dispararam fogos de artifício contra o Supremo, emulando um bombardeio. Em vídeo, é possível ouvir diversas ofensas e críticas à casa e aos ministros.

No Twitter, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), presidente entre 1995 e 2003, prestou apoio à corte e classificou as manifestações como antidemocráticas.

"Minha solidariedade ao STF é total. Os fogos vistos no YouTube e a voz tremebunda atacando-o são contra a democracia. Gritemos: não ao golpismo! Os militares são cidadãos: devem obediência à Constituição como todos nós. Defendamos juntos Brasil, povo e lei, antes que seja tarde", escreveu.

Michel Temer (MDB), presidente entre agosto de 2016 e janeiro de 2019, divulgou comunicado em solidariedade ao presidente do STF, ministro Dias Toffoli. Hoje, Toffoli pediu a abertura de investigação a respeito do ataque da véspera.

"Receba minha solidariedade à sua manifestação. A agressão física à Suprema Corte revela o desconhecimento de suas elevadas funções como um dos principais garantes da democracia integrada, como é, por juristas do maior porte e forjados na ideia de rigoroso cumprimento da Constituição Federal", escreveu Temer.

O tom de apoio a Toffoli foi semelhante ao adotado por José Sarney (MDB), presidente da República entre 1985 e 1990. Em nota, Sarney classificou a manifestação contra o STF como "criminosa".

"Solidário à sua mensagem, junto o meu protesto contra inqualificável e criminosa agressão ao STF, guardião da Constituição, integrado por magistrados de altas virtudes culturais e morais. Peço para estender minha solidariedade a toda Corte", comunicou Sarney ao ministro.

O senador Fernando Collor de Mello, primeiro presidente eleito diretamente depois da ditadura de 1964 e que, submetido a um processo de impeachment, acabou renunciando no fim de 1992, também saiu em defesa do STF.