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Defesa de Flávio Bolsonaro pede para senador prestar depoimento, diz jornal

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) fala ao celular no plenário do Senado - Pedro França/Agência Senado
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) fala ao celular no plenário do Senado Imagem: Pedro França/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

22/06/2020 16h37

A defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) entrou hoje com um pedido junto ao Ministério Público do Rio de Janeiro para que ele preste depoimento no caso da "rachadinha". As informações são do jornal "O Globo".

O inquérito do Ministério Público apura suspeita de que o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se apropriou e desviou salários de funcionários de seu gabinete na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) quando era deputado estadual.

De acordo com o veículo, o pedido foi feito pelos novos advogados do senador, Luciana Pires e Rodrigo Roca. Os dois assumiram o caso após a saída de Frederick Wassef.

O pedido, ao qual o jornal teve acesso, foi feito "junto ao MP petição requerendo a oitiva do Senador, à vista do art 8, parágrafo 7, da Resolução 181/2017 do CNMP, bem como, art. 5, LV da Constituição da República, uma vez que ele qd fora intimado figurava como "testemunha ". Após pedido de vista dos autos não mais foi intimado, sendo um direito seu esclarecer pessoalmente os fatos".

A postura aponta para uma mudança na estratégia da defesa. Até o momento, Flávio Bolsonaro tem investido em pedir o arquivamento da investigação.

Ex-advogado de Cabral

De acordo com a Folha de S.Paulo, Rodrigo Roca foi advogado de Sérgio Cabral até 2018, quando o ex-governador do Rio decidiu fazer delação premiada, contrariando sua estratégia de defesa à época. Cabral segue preso.

Apesar dos rumores de que deixou a defesa de Flávio por decisão do presidente Jair Bolsonaro, tanto Wassef como Flávio sustentam publicamente a versão de que essa foi uma decisão de Wassef. "Não posso permitir que me usem para prejudicar o presidente. Deixo a defesa para proteger os interesses de Flávio", disse o criminalista.

Até a prisão de Queiroz, Wassef tinha pelo menos nove procurações para advogar em nome do clã Bolsonaro. Eram três de Bolsonaro, três de Flávio e outras três assinadas pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).