Governo suspendeu multa milionária a consórcio ligado à ex-mulher de Wassef
Sob comando de Jair Bolsonaro (sem partido), o governo federal suspendeu, no dia 15 de março de 2019, uma multa de R$ 27 milhões destinada a um consórcio de empresas que não finalizou uma série de serviços previstos pela Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência).
Contratado em 2014 por R$ 17 milhões segundo o jornal O Globo, o consórcio tem como um de seus membros a Globalweb Outsourcing, cuja fundadora e presidente do conselho administrativo é Cristina Boner, ex-mulher de Frederick Wassef, advogado que trabalha para a família de Bolsonaro.
Ao veículo, a Dataprev - que hoje é vinculada ao Ministério da Economia - afirmou que o caso ainda está em análise e negou qualquer tipo de interferência política na suspensão da multa.
Escolhido para estruturar um sistema tecnológico para o órgão do governo até 2016, o consórcio MG2I ficou até abril de 2018 sem entregar o serviço prometido.
Em um documento obtido pelo jornal, a Dataprev chegou a fazer um relato do atraso e divulgou ao consórcio que havia decidido "rescindir o contrato unilateralmente" devido ao descumprimento contratual. Além da multa, o texto também dizia que ficava suspenso "o direito de licitar e de contratar de todas as empresas participantes deste consórcio."
Em março do ano passado, o Diário Oficial da União informou que a Dataprev e o consórcio "acordam pela suspensão de comunicação de rescisão e da aplicação de sanções contratuais previstas na CE/DGFC nº 428/2018", prorrogando o contrato até o próximo mês de outubro.
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