Maia pede diálogo a Bolsonaro e critica influência de "lunáticos" no MEC
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) precisa se afastar de radicais ideológicos para poder governar. Em entrevista ao canal GloboNews, Maia criticou a influência de "lunáticos" nas decisões do Planalto, especialmente em relação ao MEC.
Maia, que nunca escondeu suas desavenças com o ex-ministro Abraham Weintraub, afirmou que "o país está há um ano e meio sem ministro da Educação". Ele afirmou que o secretário de Educação Renato Feder poderia ter sido um bom nome para comandar a pasta, mas que foi prejudicado por pressões da "área ideológica".
Neste domingo, Feder afirmou que recusou convite de Bolsonaro para assumir o MEC. Ligado a partidos do chamado "centrão", o nome de Feder não foi bem recebido por olavistas e por políticos de igrejas evangélicas.
Para Maia, Bolsonaro tem razão ao prestigiar setores da sociedade que o ajudaram a chegar à Presidência, mas precisa entender que há pessoas ao seu entorno que defendem uma agenda antidemocrática que prejudicam o governo.
Cobrança por diálogo
Rodrigo Maia afirmou que Bolsonaro precisa dialogar mais com os outros Poderes e pactuar uma agenda capaz de superar a crise econômica e política. "Temos muitos problemas a serem resolvidos, precisamos sentar à mesa e resolver."
O presidente da Câmara elogiou a articulação política comandada pelo general Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria de Governo.
Prioridade à reforma tributária
Maia reforçou o desejo de pautar a reforma tributária nesta semana. Ele afirmou que a reformulação do sistema de impostos e contribuições é fundamental para retomar investimentos e melhorar a gestão dos gastos públicos.
O presidente da Câmara deixou claro que não vai apoiar qualquer tributo semelhante à antiga CPMF, que era cobrada sobre movimentações financeiras. "[Com CPMF] se resolve um problema mas se cria outra. Se reduz o custo daqui e cria-se outro tributo, que atrapalha a economia e que é regressivo", disse.
Ele defendeu que a reforma deve ser concentrada na reformulação dos impostos sobre o consumo, na tributação da renda e do patrimônio.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.