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Doria se solidariza com Serra e não vê prejuízo à campanha de Covas

Governador João Doria (PSDB) durante entrevista coletiva - ROGÉRIO GALASSE/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Governador João Doria (PSDB) durante entrevista coletiva Imagem: ROGÉRIO GALASSE/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Felipe Pereira e Patrick Mesquita

Do UOL, em São Paulo

21/07/2020 13h44Atualizada em 21/07/2020 14h50

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se disse solidário ao senador José Serra (PSDB), alvo de uma operação da Polícia Federal hoje, e ao ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), indiciado por corrupção e lavagem de dinheiro.

Doria disse confiar de que as respostas serão dadas de forma adequada e que não vê qualquer dano à campanha de reeleição do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), apesar de todos serem do mesmo partido.

"Sim, ambos têm minha solidariedade, tanto o senador José Serra quanto o ex-governador Geraldo Alckmin. Defendo a continuidade das investigações pelo Ministério Público e demais organismos. Confio que as respostas serão dadas de forma adequada e lembro que estamos na fase de investigação. Não há nenhuma condenação ao Alckmin e ao Serra e não vejo nenhuma razão para que isso possa causar qualquer dano à campanha do Bruno Covas à reeleição", disse.

Serra investigado

A Polícia Federal deflagrou hoje uma operação por suspeita de caixa 2 na campanha de Serra ao Senado em 2014. Entre as medidas autorizadas pela Justiça está a prisão de José Seripieri Filho, fundador da Qualicorp, empresa que atua no setor de planos de saúde.

Serra é suspeito de integrar um esquema de doações via caixa 2 que teria irrigado sua campanha com R$ 7 milhões em 2014. O fundador da Qualicorp seria o administrador dos recursos.

A investigação apura se houve contrapartida do senador. A Justiça Eleitoral de São Paulo também determinou o bloqueio das contas dos investigados. Foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão.

Entre os endereços, estava o gabinete de Serra em Brasília, mas o acesso da Polícia Federal ao local foi proibido. A ordem partiu do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), sob a alegação que a investigação não contava com elementos da atuação parlamentar de Serra.

Na sequência, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffloli, suspendeu a decisão da Justiça Eleitoral com base neste argumento.