Felipe Neto: 'Como leigo, adoraria ver postagens derrubadas, e não perfis'
Em entrevista à GloboNews, Felipe Neto comentou o que chama de "articulação do ódio" por parte da extrema-direita nas redes sociais. Questionado sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de determinar que o Facebook bloqueie perfis de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na rede social fora do país, ele se afirmou leigo:
"A questão do Alexandre de Moraes em específico, eu não entendo o suficiente de lei para poder ter uma opinião técnica. Do ponto de vista moral, ético, enfim… É claro que eu sempre serei defensor da liberdade de expressão", disse. E acrescentou: "Do ponto de vista da liberdade de expressão, eu adoraria que tivessem sido derrubados conteúdos, e não perfis".
Desde que fez um vídeo para o The New York Times com críticas ao presidente da República, Felipe Neto virou alvo de ataques virtuais. Ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se solidarizou com o YouTuber e o convidou para discutir o PL das Fake News.
Sobre a decisão de Moraes, Felipe argumentou que o Facebook já deveria ter removido as postagens desses perfis, que violam as regras da própria rede social.
"Dentro das próprias normas da plataforma, aquela conta ou deveria ter sido banida, ou deveria ter tido tantos conteúdos removidos que deixaria a conta bastante anêmica em termos de postagem."
Ele citou o fato de a rede social ter decidido recorrer da decisão do ministro:
"A pergunta que eu deixo para o Facebook é: OK, você está lutando para voltarem essas contas para o ar. Com todo o conteúdo que tinha antes? Ou o Facebook vai finalmente começar a aplicar as próprias regras?
Alexandre de Moraes determinou, na última quinta-feira (30), o bloqueio mundial de perfis de apoiadores do presidente Bolsonaro — 12 contas no Facebook e 16 contas no Twitter — dentro do inquérito das fake news, sob o argumento de "interromper discursos criminosos de ódio".
A princípio, a rede social afirmou que não cumpriria a decisão do ministro, mas voltou atrás ontem "devido à ameaça de responsabilização criminal de um funcionário do Facebook Brasil", de acordo com nota.
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