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Bolsonaro chega a hospital de SP para retirar cálculo na bexiga

Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
Imagem: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

25/09/2020 07h55Atualizada em 25/09/2020 08h28

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou por volta das 7h ao Hospital Israelita Albert Einstein, na zona sul de São Paulo, onde passará por uma cirurgia para retirar um cálculo na bexiga, segundo boletim médico divulgado nesta manhã. A operação está marcada para as 10h30 e será feita pelo urologista Leonardo Lima Borges, acompanhada pelo cardiologista Leandro Echenique.

Chamado de cistolitotripsia endoscópica a laser, o procedimento é considerado simples, com duração prevista de 1h a 1h30, e Bolsonaro poderá, caso não hajam imprevistos, voltar a trabalhar já na semana que vem.

Ao UOL, o urologista Alfredo Canalini definiu a cirurgia como "minimamente invasiva". "Houve um avanço muito grande nos equipamentos. Eles permitem que qualquer endoscopia seja realizada sem qualquer tipo de corte no paciente. Hoje é possível retirar cálculos do aparelho urinário com muita segurança e eficiência, de forma que o paciente se sinta totalmente confortável", explicou.

É a quinta vez em dois anos que o presidente se submete a uma cirurgia para evitar complicações na saúde — as quatro anteriores ocorreram por causa da facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018, em Juiz de Fora (MG). Além disso, Bolsonaro passou por uma vasectomia em janeiro.

A primeira das quatro foi feita ainda na Santa Casa de Juiz de Fora, em 6 de setembro de 2018. Depois, foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde foi operado em 12 de setembro, em razão de complicação causada pela aderência das paredes do intestino. No mesmo hospital, em 28 de janeiro de 2019, foi retirada a bolsa de colostomia.

A última cirurgia ocorreu há um ano, para a retirada de uma hérnia.

'Maior que um grão de feijão'

Bolsonaro revelou que passaria por cirurgia para retirada de cálculo na bexiga em conversa com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada, em 1º de setembro. Na ocasião, ele afirmou que a pedra era "maior que um grão de feijão" e que estava com o problema pelo menos desde 2015.

"Esse cálculo aqui é de estimação. Eu tenho há mais de cinco anos, está na bexiga. É maior que um grão de feijão. Resolvi tirar porque deve estar aí ferindo internamente a bexiga", disse. Na véspera dessa declaração, o presidente havia sido atendido pelo serviço médico do Palácio do Planalto.

Ontem, Bolsonaro cumpriu agenda no Rio de Janeiro: primeiro em Resende, onde acompanhou uma formatura militar; e depois na capital fluminense, na superintendência da PRF (Polícia Rodoviária Federal). No segundo compromisso, o presidente disse não ser o "[ex-técnico Jorge] Jesus do Flamengo", mas o "Messias do Executivo".