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PM que agrediu homem em Carrefour do RS era filiado ao MDB - e foi expulso

Segundo o MDB, Giovane Gaspar da Silva, 25, "nunca ocupou cargo ou função política" no partido - Reprodução/Twitter
Segundo o MDB, Giovane Gaspar da Silva, 25, "nunca ocupou cargo ou função política" no partido Imagem: Reprodução/Twitter

Anaís Motta

Do UOL, em São Paulo

23/11/2020 21h14Atualizada em 23/11/2020 21h21

O policial militar temporário Giovane Gaspar da Silva, 25, um dos agressores de João Alberto Silveira Freitas, era filiado ao MDB e foi expulso do partido na última sexta-feira (20), um dia após o caso ganhar repercussão. Giovane está preso preventivamente desde então.

Em nota ao UOL, o presidente do MDB de Porto Alegre, Tiago Simon, informou que o PM "nunca ocupou cargo, função política e não teve nenhuma participação" no partido e que espera pela responsabilização dos agressores "com todo o rigor da lei".

Além de policial, Giovane fazia "bico" como segurança e era contratado pela Vector, mesma empresa que o outro agressor, Magno Braz Borges. Nos vídeos do espancamento, ele aparece dando apoio a Magno para retirar Beto do supermercado.

Chegando próximo a porta do estacionamento, Giovane leva um soco de Beto e revida, dando início à sessão de espancamento. A defesa do PM diz que a agressão não tinha como objetivo matar Beto e nega que o cliente tenha sido motivado por racismo.

Os dois seguranças foram demitidos por justa causa. Já o Carrefour rompeu contrato com a Vector e disse que "adotará as medidas cabíveis para responsabilizar os envolvidos neste ato criminoso".

A investigação foi iniciada já durante a madrugada de sexta pelo delegado plantonista Leandro Bodoia, que foi ao local fazer o atendimento. Pela manhã, a 2ª DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) assumiu o caso.

Não há previsão de quanto tempo levará para a conclusão da investigação, mas a delegada Roberta Bertoldo, responsável pelo caso, não vê complexidade, uma vez que a autoria já está definida e os agressores foram presos. Ela não descartou, contudo, que mais pessoas sejam responsabilizadas pelo crime.