Ministério da Justiça exonera missionário que causou polêmica na Funai
O Ministério da Justiça exonerou hoje o missionário Ricardo Lopes Dias do cargo de Coordenador de índios isolados da Funai (Fundação Nacional do Índio). A decisão foi publicada no Diário Oficial.
Desde que foi indicado, Dias esteve envolto em polêmicas. Ele é formado em teologia e diz ter atuado por mais de uma década como missionário na MNTB (Missão Novas Tribos do Brasil), organização conhecida por tentar evangelizar entidades indígenas que escolheram viver em isolamento. Por causa desse passado, Dias só assumiu o cargo 4 meses depois da indicação, após decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Depois que ele assumiu o cargo, índios que trabalharam com o missionário já disseram ao jornal O Globo que ele teve uma atuação religiosa, ligada a missões evangelizadoras. Ele também foi criticado por tentar quebrar a quarentena da Covid-19.
Tudo foi denunciado pela ex-chefe de proteção no Vale do Javari, Idnilda Obando, em ofício enviado ao MPF (Ministério Público Federal), revelado também pelo jornal O Globo.
Marcelo Fernando Batista Torres, servidor alocado na Funai do Acre, será o substituto de Ricardo Lopes Dias. Antes ele atuava como chefe da Frente de Proteção Etnoambiental Envira.
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