Topo

Esse conteúdo é antigo

Maia critica Bolsonaro e diz que 'povo quer vacinas, não armas'

O ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, fez críticas aos novos decretos que flexibilizam a compra e o porte de armas assinados por Bolsonaro -
O ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, fez críticas aos novos decretos que flexibilizam a compra e o porte de armas assinados por Bolsonaro

Do UOL, em São Paulo

14/02/2021 20h50Atualizada em 14/02/2021 21h02

O deputado federal e ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, criticou os decretos que flexibilizam a compra e o porte de armas no Brasil, assinados pelo presidente Jair Bolsonaro. Nas redes sociais, o parlamentar disse que o país não está interessado em armas, mas em vacinas.

"Bolsonaro considera a parte pelo todo. Acha que seu mundo extremo representa o país. O povo não está vibrando. O povo não quer armas. A população anseia pelas vacinas", escreveu o ex-presidente da Câmara no Twitter.

O clima de tensão entre Bolsonaro e Maia foi intensificado após as eleições para a nova presidência da Câmara. De um lado, o presidente reforçou o apoio ao atual gestor da casa legislativa, Arthur Lira (PP-AL), enquanto do outro lado, Rodrigo Maia fornecia apoio à candidatura de Baleia Rossi (DEM-SP).

Os conflitos relacionados às candidaturas na Câmara também repercutiram dentro da antiga legenda que Rodrigo Maia fazia parte, o Democratas (DEM). Após desentendimentos com o presidente do partido, ACM Neto, sobre as indicações para a chefia da Câmara, Maia anunciou que deixaria o partido.

Críticas aos decretos de armas

Parlamentares da oposição e entidades também fizeram críticas aos decretos de armas assinados por Bolsonaro. O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) afirmou que irá contestar os documentos tanto na Câmara, como no Supremo Tribunal Federal (STF).

A líder da bancada do PSOL na Câmara, deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) reforçou o discurso de Freixo e alertou que ao menos 500 mil pessoas foram mortas por armas de fogo na última década, o que representa cerca de 70% dos homicídios.

O Instituto Sou da Paz, que investe em ações voltadas ao desarmamento, emitiu uma nota ontem expressando indignação diante do posicionamento de Bolsonaro e o "desprezo pela ciência".