Maia critica Bolsonaro e diz que 'povo quer vacinas, não armas'
O deputado federal e ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, criticou os decretos que flexibilizam a compra e o porte de armas no Brasil, assinados pelo presidente Jair Bolsonaro. Nas redes sociais, o parlamentar disse que o país não está interessado em armas, mas em vacinas.
"Bolsonaro considera a parte pelo todo. Acha que seu mundo extremo representa o país. O povo não está vibrando. O povo não quer armas. A população anseia pelas vacinas", escreveu o ex-presidente da Câmara no Twitter.
O clima de tensão entre Bolsonaro e Maia foi intensificado após as eleições para a nova presidência da Câmara. De um lado, o presidente reforçou o apoio ao atual gestor da casa legislativa, Arthur Lira (PP-AL), enquanto do outro lado, Rodrigo Maia fornecia apoio à candidatura de Baleia Rossi (DEM-SP).
Os conflitos relacionados às candidaturas na Câmara também repercutiram dentro da antiga legenda que Rodrigo Maia fazia parte, o Democratas (DEM). Após desentendimentos com o presidente do partido, ACM Neto, sobre as indicações para a chefia da Câmara, Maia anunciou que deixaria o partido.
Críticas aos decretos de armas
Parlamentares da oposição e entidades também fizeram críticas aos decretos de armas assinados por Bolsonaro. O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) afirmou que irá contestar os documentos tanto na Câmara, como no Supremo Tribunal Federal (STF).
A líder da bancada do PSOL na Câmara, deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) reforçou o discurso de Freixo e alertou que ao menos 500 mil pessoas foram mortas por armas de fogo na última década, o que representa cerca de 70% dos homicídios.
O Instituto Sou da Paz, que investe em ações voltadas ao desarmamento, emitiu uma nota ontem expressando indignação diante do posicionamento de Bolsonaro e o "desprezo pela ciência".
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