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Flordelis alega "mal súbito" após faltar a votação sobre prisão de Silveira

A deputada federal Flordelis (PSD-RJ), em foto de arquivo (17/06/2019) - Wilton Júnior/Estadão Conteúdo
A deputada federal Flordelis (PSD-RJ), em foto de arquivo (17/06/2019) Imagem: Wilton Júnior/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

20/02/2021 10h00

A deputada federal Flordelis dos Santos de Souza não participou ontem da votação na Câmara dos Deputados que decidiu manter o parlamentar Daniel Silveira (PSL-RJ) preso. Segundo a assessoria da deputada, ela teve um "mal súbito".

"Por força de todo nervosismo com minha situação jurídica e política atual e o estresse que o momento me ocasiona, fui tomada por um mal súbito (ainda sequelas de um AVC), que me obrigou a buscar ajuda médica no dia de hoje. Assim, não me foi possível participar da votação sobre o Deputado Daniel Silveira e pela gravidade do tema, me posiciono sobre o episódio através dessa breve nota", diz o comunicado divulgado pela parlamentar.

Ainda na nota, ela se declara "firmemente na trincheira daqueles que defendem e respeitam o Estado Democrático de Direito, todas as suas Instituições legitimamente consolidadas pela Constituição de 1988 e me coloco integralmente em respeito a todos os procedimentos que levem a realização de Democracia e Justiça, para nossa Nação".

Ela finaliza dizendo confiar que "a Casa será fiel a esses princípios e saberá construir a melhor política para o País".

Na votação de ontem (364 votos a favor, 130 contra e 3 abstenções), a Câmara dos Deputados manteve a prisão de Silveira. Ele foi preso em flagrante na última terça-feira (16) após ter publicado um vídeo insultando os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e fazendo apologia ao AI-5, um dos atos institucionais mais violentos do período da ditadura militar do Brasil.

Flordelis é acusada pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) de ser a mandante do assassinato marido, o pastor Anderson do Carmo. Parte dos filhos adotivos do casal também são acusados de envolvimento na morte. O crime aconteceu em julho de 2019. Como tem imunidade parlamentar, a deputada não foi presa, mas é monitorada por tornozeleira eletrônica.

Na Casa, o caso de Flordelis será avaliado pelo Conselho de Ética, mas o grupo vai analisar como prioridade a situação de Silveria na retomada dos trabalhos.