Advogado diz que Daniel Silveira sempre esteve com celulares apreendidos
O advogado Maurizio Rodrigues Spinelli, que representa o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), disse hoje que o seu cliente sempre esteve com os dois celulares apreendidos na sala onde ele ficou detido na SRPF (Superintendência Regional da Polícia Federal), no Centro do Rio de Janeiro. A versão contradiz o que afirmou anteriormente outro representante da defesa do parlamentar.
No último dia 18, a PF localizou os aparelhos em meio às roupas de Silveira durante uma vistoria de rotina. A apreensão aconteceu no mesmo dia em que o deputado foi transferido para o Batalhão Especial Profissional da Polícia Militar do Rio, em Niterói (RJ), onde se encontra atualmente.
Na oportunidade, o advogado André Rios disse desconhecer o motivo de os celulares estarem na sala onde o deputado ficou preso.
Agora, outro representante da defesa de Silveira afirma que o parlamentar estava com os celulares quando foi detido, no dia 17, e apenas permaneceu com eles enquanto esteve na SRPF.
"O processo todo desde que houve o cumprimento do mandado na casa do parlamentar até o seu ingresso na prisão foi contínuo. Ele estava com os celulares e permaneceu. Ele não ingressou de forma ilícita com esses telefones", afirmou hoje Spinelli à GloboNews.
Depoimento ao MPF
O advogado deu a declaração após Silveira prestar depoimento ao MPF (Ministério Público Federal) no local onde segue preso em Niterói. O parlamentar foi ouvido pela manhã justamente numa investigação sobre os aparelhos apreendidos.
O MPF abriu um inquérito para apurar como os celulares teriam chegado ao deputado e se ele usou os aparelhos para se comunicar com outros parlamentares antes da votação que determinou a manutenção da sua prisão na Câmara, na semana passada. Além disso, o deputado se recusou a fornecer as senhas dos celulares para a realização de perícia.
Silveira foi preso em "flagrante delito" no último dia 16 por fazer ameaças a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), sugerindo que todos fossem substituídos, e defender o AI-5, o Ato Institucional que aumentou a repressão da ditadura militar em 1968. As afirmações foram feitas em vídeos publicados nas redes sociais.
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