Paulo Guedes tem dito muito e feito pouco, diz Amoêdo, após apoio em 2018
João Amoêdo (Novo) se diz decepcionado com o rumo da agenda econômica de Jair Bolsonaro (sem partido) desde que foi eleito, em 2018. E a falta de ação, para o ex-candidato à Presidência e fundador do Partido Novo, tem nome: Paulo Guedes.
Segundo Amoêdo, o "superministro" da Economia precisa tomar mais atitudes, principalmente quando o liberalismo na economia é escanteado para selar acordos políticos.
"O discurso liberal de Bolsonaro foi trocado por uma aproximação com o centrão e à velha política. O ministro Paulo Guedes tem falado muito, mas feito muito pouca coisa", critica Amoêdo (veja a partir de 8:20 no vídeo acima).
O ex-dirigente do Novo cita entre as convergências de pensamento entre seu partido e Guedes: reformas a serem feitas, como a tributária, administrativa e da Previdência, além de privatizações de parte da máquina pública.
"Passado dois anos do governo, eu diria que a maioria dessas pautas foram deixadas para trás, não vimos nenhum avanço nisso", lamenta, considerando que o discurso de Bolsonaro "acabou não acontecendo na prática".
Questionado pela colunista Maria Carolina Trevisan sobre a maior parte das votações do partido na Câmara dos Deputados ser favorável ao governo, Amoêdo defendeu a liberdade para os parlamentares.
"O Novo nunca apoiou Bolsonaro. O Novo adotou postura de independência. Se tiver pauta que faz sentido, não só votará, como defenderá", explica, dizendo que o partido, na semana passada, se colocou como oposição ao governo "pelas entregas que não foram feitas".
No campo econômico, João Amoêdo criticou a condução do auxílio emergencial para a população durante a pandemia de covid-19. Para ele, o governo federal deveria ter pensado a longo prazo.
"Precisamos, sim, do auxílio emergencial. Ele foi mal calibrado lá atrás, sabíamos que a vacina ia demorar de 12 a 18 meses. O cenário de longo prazo era grande", afirma (veja a partir de 34:30 no vídeo acima).
A questão no momento é encontrar uma fórmula que dê para o auxílio ser entregue. Uma forma seria o governo "olhar para si" e cortar gastos sem que apenas a iniciativa privada "pague a conta".
"O Brasil é um país pobre e não podemos deixar uma conta gigantesca para as próximas gerações", diz (ver a partir de 35:45 no vídeo acima). "O governo poderia ter pensado num plano mais longo, até com valor menor [para o auxílio no início]"
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