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Bolsonaro usa máscara e diz que só Deus o tira da Presidência

Do UOL, em São Paulo

21/03/2021 14h31Atualizada em 22/03/2021 08h33

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cumprimentou apoiadores que o esperavam do lado de fora do Palácio da Alvorada, em Brasília, neste domingo, dia em que completa 66 anos, e disse que só Deus o tira da Presidência.

De máscara, o mandatário caminhou ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e acenou para diversos apoiadores que se aglomeravam para vê-lo, contrariando as medidas de distanciamento social impostas pela pandemia do novo coronavírus. Bolsonaro ganhou um bolo de presente e apoiadores cantaram "parabéns a você".

"Pode ter certeza de uma coisa: minha força vem de Deus e de vocês (...) Enquanto eu for presidente, só Deus me tira daqui. Eu estarei com vocês", discursou ele.

O mandatário disse ainda que não abrirá mão do poder que o povo lhe deu ao elegê-lo em 2018 e fez uma crítica indireta aos governadores que implementam medidas de restrição para frear a pandemia.

"Se alguém acha que um dia abriremos mão da nossa liberdade, estão enganados. Alguns tiranos tolhem a liberdade de vocês, podem ter certeza que nosso Exército é verde-oliva e é vocês também. Contem com as Forças Armadas pela democracia e pela liberdade. Estão esticando a corda. Faço qualquer coisa pelo meu povo. E esse qualquer coisa é o que está na nossa Constituição, nossa democracia, nosso direito de ir e vir", acrescentou.

Bolsonaro pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que sejam suspensos os decretos com restrições por causa da pandemia no Distrito Federal, na Bahia e no Rio Grande do Sul. Ele anunciou que entraria com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adi) na quinta-feira (18), durante a live semanal.

Na sexta-feira (19), o mandatário disse que o governo federal poderá tomar "medidas duras" se a ação que apresentou ao STF não prosperar. A escalada nas críticas às restrições adotadas por governadores levou o presidente do STF, Luiz Fux, a cobrar explicações do chefe do Executivo sobre referências a um possível estado de sítio no país. Ao ministro, no entanto, o presidente negou que estivesse tratando de medida de exceção.

Em seu discurso hoje, ele citou ainda ações do governo federal para enfrentar a pandemia, como a compra de vacinas e o auxílio emergencial. "Agora o que o povo mais fala para mim em todo lugar que eu vou é 'quero trabalhar'. Ninguém quer viver de favor do Estado. Quem vive de favor, abre mão da sua liberdade. Vamos vencer essa batalha, pode ter certeza", declarou.