Deltan após suspeição de Moro: 'R$ 5 bi devolvidos não cresceram em árvore'
Após a decisão da Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) favorável pela suspeição do ex-juiz federal Sérgio Moro, por 3 votos a 2, pelo julgamento em que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) envolvendo um tríplex em Guarujá (SP), o procurador Deltan Dallagnol reagiu em defesa das ações da operação Lava Jato nas redes.
Em sua conta no Twitter, Dallagnol afirmou acreditar que nada apagará fatos e provas coletados pela Lava Jato, e rebateu críticas feitas por ministros contra a força-tarefa. "Os 5 bilhões [de reais] devolvidos por criminosos confessos aos cofres públicos não cresceram em árvores", escreveu o procurador.
Em outra publicação, discordou do parecer do Supremo que julgou Moro como parcial e disse que 'acertaram os Ministros vencidos'.
Além disso, Deltan Dallagnol destacou em seus posts que 'nada apaga a consistência dos fatos e provas' obtidos pela Lava Jato e lembra que Lula foi condenado em três instâncias por desvios da Petrobras e lavagem de dinheiro por meio do triplex que recebeu reformas de empreiteira.
Ao finalizar seu desabafo mandou um recado: 'Seguimos acreditando no trabalho feito e na importância de os brasileiros perseverarem no esforço contra a corrupção e pelas mudanças que querem ver no país', escreveu Dallagnol no Twitter.
Entenda o julgamento
A ministra Cármen Lúcia mudou nesta terça-feira (23) seu voto de 2018 e virou o placar contra o ex-juiz federal Sergio Moro no processo em que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) envolvendo o tríplex em Guarujá. Com isso, a maioria da Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) firmou-se, por três votos a dois, pela parcialidade de Moro.
A retomada do julgamento iniciou-se a favor do ex-ministro da Justiça. Após pedir vistas do processo no último dia 9, o ministro Kassio Nunes Marques decidiu pela imparcialidade de Moro. No entanto, Cármen Lúcia, que havia votado contra a suspeição em 2018, voltou atrás.
Dessa forma, dos cinco membros da Segunda Turma, votaram pela suspeição de Moro Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, e contra o relator Edson Fachin e Nunes Marques.
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