Congresso tenta, mas não consegue antecipar vacinas contra covid-19 da OMS
A busca de parlamentares por vacinas contra o novo coronavírus junto à OMS (Organização Mundial da Saúde) falhou. Em reunião ontem, a entidade não só negou novas doses como avisou que a quantidade de imunizantes prometidos ao Brasil vai atrasar. Pior: criticou o modo com que os brasileiros têm lidado com a pandemia.
Participaram da conversa a senadora Kátia Abreu (PP-TO) e o deputado Aécio Neves, presidentes de comissões sobre relações exteriores no Congresso. A busca desesperada pelo imunizante ocorreu diretamente com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, sem sucesso.
Em sua participação no podcast de política do UOL, a senadora detalhou como foi a conversa. Sem obter mais doses, ainda soube do diretor-geral de que as 9,2 milhões de vacinas prometidas até maio irão atrasar.
"Pelo número e gravidade do Brasil em termos de óbitos, crise nos hospitais e contágio, pensei que teríamos alguma sinalização [positiva]", diz a progressista (veja em 6:20 no vídeo acima), que agora prevê outros focos para buscar imunizantes à população.
Hoje o Brasil registrou 3.673 novos óbitos causados pela covid-19, o segundo dia mais mortal de toda a pandemia —atrás somente de ontem, com 3.950 vítimas. A média de mortes nos últimos sete dias está em 3.119, acima dos três milhares pela primeira vez desde março de 2020.
No ano passado, o governo de Jair Bolsonaro recusou dois convites para integrar o coletivo de países que fabricam junto à OMS a vacina feita pela Covax Facility. Na reunião, Tedros Adhanom criticou a forma com que o Brasil lidou com a pandemia.
"Ele [Tedros] comentou fortemente que o Brasil está trabalhando de forma 'muito equivocada' nas medidas sanitárias e políticas públicas de contenção da pandemia em todo esse período", comenta Kátia Abreu (veja a partir de 7:40 no vídeo acima).
Apesar da recusa e das críticas, a parlamentar diz não interromper a busca. "Desistir, jamais! A esperança não acabou. Eu tive só um baque, fiquei decepcionada na hora. Mas ele vai levar o assunto ao conselho diretor da OMS", disse Kátia Abreu (veja a partir de 43:00 no vídeo acima), durante o episódio #80 do Baixo Clero.
Kátia Abreu listou os acordos comerciais com Estados Unidos e China, destacando a exportação de alimentos às duas potências, como ponto a ser considerado em uma negociação por vacinas. "Estou crendo que [obteremos com] essas duas nações, que têm vacinas sobrando", afirma.
Os podcasts do UOL estão disponíveis em uol.com.br/podcasts e em todas as plataformas de distribuição de áudio. Você pode ouvir Baixo Clero, por exemplo, no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts, Amazon Music e Youtube —neste último, também em vídeo.
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