Tenho de rir, diz Kajuru sobre Flávio Bolsonaro levá-lo a Conselho de Ética
O senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) se disse tranquilo com relação à gravação que fez e divulgou de uma conversa com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente, afirmou que levaria o colega de casa ao Conselho de Ética pela atitude.
"Tenho que rir. Sobre Flávio Bolsonaro falar em honra, logo ele que não tem. Eu nunca fui denunciado por corrupção na minha vida. Polícia Federal nunca foi na minha casa. Nunca serei manchete do 'Jornal Nacional' por corrupção. Quando eu for no Conselho de Ética, ele vai também, mas para explicar corrupção, e eu vou para falar de gravação, que não é crime nenhum. Advogados dizem que não cometi crime. Eu estou muito tranquilo. Presidente admitiu ontem e agora cedo", afirmou Kajuru ao participar do UOL Entrevista, conduzido pelo colunista Tales Faria e pela repórter Luciana Amaral.
Na conversa, divulgada pelo senador no fim de semana, Kajuru e Bolsonaro falaram sobre a CPI da Pandemia e sobre a relação com os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Flávio Bolsonaro protocolou na última segunda-feira (12) uma representação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal contra Kajuru. "Representei no Conselho de Ética do Senado contra o senador por sua postura imoral, não só de gravar uma conversa particular com o presidente da República, bem como de dar publicidade a isso, tudo sem o consentimento ou a autorização de Bolsonaro", escreveu o parlamentar.
No documento, Flávio Bolsonaro argumenta que a gravação feita por Kajuru foi "clandestina" e que o diálogo divulgado no vídeo se refere à CPI da Covid, cuja instalação compulsória no Senado Federal fora requerida pelo próprio Kajuru.
Questionado sobre o motivo da irritação de Flávio sobre o episódio, Kajuru respondeu que foi "porque eu não gosto dele". Segundo o senador, eles nunca tiveram relação próxima, mas Flávio teria se irritado com a posição de Kajuru sobre as denúncias de corrupção contra ele, no caso das rachadinhas na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).
"Não temos relação nenhuma. Ele, para achar que o pai tem que ser defendido dessa gravação... quero ir para o Conselho de Ética. Então, faço essa proposta, temos que ir juntos. É vingança pessoal completamente. Rancor guardado no freezer. Mas não tenho preocupação. Até porque, se me cassarem, vou embora na maior alegria e fico livre desse chiqueiro", completou Kajuru.
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