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Só se for 'por sinal de fumaça', diz Kalil sobre diálogo com Bolsonaro

Kalil concedeu coletiva de imprensa na Prefeitura de BH sobre abertura de serviços na capital - Reprodução/Facebook
Kalil concedeu coletiva de imprensa na Prefeitura de BH sobre abertura de serviços na capital Imagem: Reprodução/Facebook

Mariana Durães

Colaboração para o UOL

19/04/2021 16h06

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse hoje que não vê possibilidade de diálogo com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o enfrentamento e combate à pandemia de covid-19. Para Kalil, se nem governos estaduais têm alcançado êxito, não será ele que vai conseguir.

"Não perco tempo com isso mais. Eu perdi tempo um ano e meio", afirmou sobre conversas e a possibilidade de um lockdown nacional como estratégia.

Depois, de maneira irônica, Kalil disse: "eu sou prefeito de Belo Horizonte. Se o governador de São Paulo não consegue, se o governador do Rio não consegue. Se o Bolsonaro não me recebe, só se eu conversar com ele por sinal de fumaça". A frase foi dita durante a coletiva de imprensa que anunciou a abertura de comércios e escolas em BH,

Compra de vacinas

O prefeito de BH também falou sobre vacinas e insumos, como forma de esclarecimento para os belo-horizontinos. Kalil destacou que o município atua somente como "repassador para a população" e que, na capital mineira, "ninguém comprou uma vacina, e nem um insumo".

Kalil agradeceu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), por auxílio e contato direto com o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado. "Foi muito importante para a vinda desse equipamento [vacinas e insumos] para Minas e para Belo Horizonte".

O prefeito ressaltou, ainda, que anunciará caso faltem doses na cidade, mas que, quando chegam os imunizantes, é "mérito ao governo federal, que pagou e mandou".

Vacinação de professores

Apesar da volta às aulas para alunos da educação infantil, entre 0 e 5 anos e 8 meses, estar confirmada para a próxima segunda-feira (26), não há previsão de quando professores serão vacinados na capital mineira. Segundo a SMSA (Secretaria Municipal de Saúde) de Belo Horizonte, isso só irá acontecer quando for permitido pelo PNI (Plano Nacional de Imunização), que é de competência do Ministério da Saúde.

A secretaria explicou que "não tem autonomia para alterar as ordens de público prioritário indicadas". Além disso, reforçou a necessidade de novas remessas de imunizantes para que o público seja ampliado.

As creches e escolas das redes municipal e particular deverão seguir um protocolo que será publicado ainda nesta semana pela secretaria de saúde.

A fase dois de reabertura das instituições de ensino - que inclui estudantes de 6 a 8 anos -, e a fase três - para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, bem como Ensino Médio e Universidades -, serão avaliadas posteriormente. O avanço dependerá dos impactos da primeira etapa e dos índices relativos a transmissão, novos casos, internações e óbitos.