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Omar Aziz recua e diz que, se houver razão, CPI da Covid convocará Guedes

Allan Brito, Andreia Martins e Nathan Lopes

Do UOL, em São Paulo

20/04/2021 11h59Atualizada em 20/04/2021 13h37

O senador Omar Aziz (PSD-AM) recuou e disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, pode sim ser convocado para ser ouvido na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid. Aziz deve ser o presidente da CPI, prevista para começar no dia 27 de abril.

"Saiu como se fosse fato já aprovado. O que eu quis dizer, posso ter sido mal interpretado, é que são sugestões. Como não chamar o ex-ministro das Relações Exteriores? Quero saber quais foram as ações deles, a iniciativa daquele cidadão para comprar vacina. O ministro Paulo Guedes poderá ser convocado. Se houver razão de ser chamado, não vejo razão para não ser chamado. Mas colocaram como aprovado e a CPI não foi nem instalada", disse Aziz durante o UOL Entrevista, conduzido pelo colunista Tales Faria e o repórter Hanrrikson de Andrade.

Ontem, em entrevista à rádio CBN, Aziz havia declarado que não concordava com a ideia de ouvir Guedes na CPI. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que deve ser vice-presidente da comissão, afirmou que queria chamar o ministro para falar no colegiado.

Um dos motivos, segundo Randolfe explicou, é que o auxílio emergencial era fundamental no combate à pandemia de covid-19 e por isso não poderia ter sido interrompido no final do ano passado —o benefício só voltou a ser pago neste mês de abril. Sobre o auxílio, Aziz afirmou que o benefício é uma "é reivindicação de todos os membros do Congresso. Não é questão específica da CPI".

"Isso [o auxílio emergencial] é tratado diariamente nas reuniões do Senado e da Câmara. Não tem desvio de conduta no auxílio emergencial. Foi pago até dezembro, foi reduzido, mas isso é questão de economia, se é possível pagar ou não. Sou a favor, estou vendo dificuldades no Brasil, mas não pode ser pauta principal da CPI. Pauta principal é a vacina, o que erramos, é o óbito de pessoas", completou Aziz.

A CPI da Covid vai investigar ações e eventuais omissões do governo federal em meio à pandemia, além de fiscalizar recursos da União repassados a estados e municípios e será realizada de forma semipresencial, com a possibilidade de participação dos senadores tanto pessoalmente quanto virtualmente.