Com 400 mil mortes, Bolsonaro critica governadores e lockdown em Araraquara
No dia em que o Brasil atingiu a marca de 400 mil mortos por covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar governadores e até mesmo o prefeito de Araraquara (SP), que impôs medidas restritivas na cidade para combater a doença. As declarações de Bolsonaro ocorreram durante sua live semanal realizada nas redes sociais.
"A gente apela aos senhores excelentíssimos governadores: vocês, que fecham o comércio, que destroem milhões de empregos, poderiam fazer auxílio emergencial estadual. Já que me criticam, bota R$ 1 mil até o fim do ano. Em vez de ficar criticando o governo federal, e continuar destruindo emprego...", disse o presidente.
"O governo federal não fechou comércio, não falou que todo mundo tinha que ficar em casa. Lamentamos as mortes, chegamos a um número enorme de mortes agora aqui, né?!", acrescentou, em seguida, mas sem citar a marca de 400 mil óbitos pela covid-19.
Apesar das críticas de Bolsonaro, medidas de isolamento têm apoio da classe médica e respaldo em exemplos históricos e em dados científicos acumulados desde que os primeiros lockdowns foram adotados pelo mundo desde o ano passado.
A marca foi alcançada 19 dias depois de o país contar 350 mil vítimas da pandemia e pouco mais de 13 meses após o primeiro óbito confirmado. Nas últimas 24 horas, foram registradas mais 3.074 vidas perdidas, totalizando 400.021 mortes em decorrência do novo coronavírus.
Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, e que apura os números de casos e óbitos com as secretarias estaduais de Saúde. O Brasil já está há 98 dias com a média móvel de mortes acima de mil.
Críticas ao prefeito de Araraquara (SP)
Durante a live, Bolsonaro também criticou o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), que decretou lockdown estrito para conter o aumento brusco do números de casos de covid-19 e de ocupação de leitos de UTI.
O município suspendeu todos os serviços que não têm relação direta com a área da saúde, incluindo transporte público e supermercados que só podiam funcionar pelo sistema de delivery. Após o lockdown, o número de casos e de mortes caíram na cidade do interior de São Paulo.
"A gente espera que não haja uma terceira onda. A gente pede a Deus que não haja, mas temos que enfrentar. Porque se continuar a política do lockdown igual a do prefeito de Araraquara, o tal petista lá: 'fica em casa, fica em casa'. Vai levar a cidade à miséria", criticou Bolsonaro.
Bolsonaro lamenta morte de Levy Fidelix
Bolsonaro aproveitou ainda a transmissão para lamentar a morte de Levy Fidelix (PRTB), político conservador que ficou conhecido como "pai do aerotrem". Ele morreu na semana passada, aos 69 anos. A causa da morte não foi divulgada.
"Lamentamos aqui o falecimento do Levy Fidelix, do PRTB. Conheci Levy. Foi candidato a presidente da República. Tinha suas posições, era um conservador. Era uma pessoa realmente muito parecida comigo nos seus posicionamentos. Perdemos uma pessoa aí que vai deixar saudades em todos nós. Então nossos pêsames a toda família", disse.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.