Senador discute com Monalisa por 'colinha' de governista em CPI da Covid
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), bateu boca com a apresentadora Monalisa Perrone, da CNN Brasil, e pediu "respeito" depois que ela questionou sobre a "colinha" usada por um dos parlamentares da base governista ao sabatinar o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta na CPI da Covid.
"Senador, com todo respeito, eu reitero a pergunta que não me foi respondida. Eu gostaria de saber o que o senhor, como líder de governo, achou da performance dos senadores governistas que precisaram usaram a colinha, leram mal... espera aí, eu não terminei, eu não terminei a pergunta, por gentileza", dizia Monalisa, ao ser interrompida pelo senador.
"Mas a senhora está exagerando. E as colinhas que foram levadas pelos senadores de oposição?", rebateu Bezerra, nervoso.
A colinha citada por Monalisa refere-se a uma pergunta enviada pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, a Ciro Nogueira (PP-PI), sobre a recomendação que Mandetta deu para que as pessoas só se dirigissem a hospitais após sentirem sintomas mais graves da covid.
Mandetta, no entanto, revelou que Faria havia enviado, por engano, a mesma pergunta a ele no dia anterior e apagou a mensagem depois de perceber o erro. (Assista ao vídeo abaixo)
Após a abordagem, o clima entre Bezerra e Monalisa esquentou, mas a apresentadora insistiu no questionamento.
"E o senhor acha que foi bem feita [a performance da bancada governista]?", perguntou. "Isso é uma ofensa aos senadores. A senhora dizer que eles receberam 'colinha'. Colinha de quê? Está tratando os senadores como se eles fossem estudantes. Que isso? Respeito!"
Monalisa então reformulou a pergunta, mas Bezerra seguiu irritado. "Eu só não sei qual é a razão pela qual a senhora quer descaracterizar as perguntas dos senadores da oposição?! Eu não estou entendendo o por quê de receber uma mensagem do ministro dirigida ao senador... Por que isso? Por que a pergunta seria descaracterizada?"
Depoimento de Mandetta na CPI
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) investiga ações e eventuais omissões do governo federal em meio à pandemia, além de fiscalizar recursos da União repassados a estados e municípios.
Mandetta deixou o comando do Ministério da Saúde em abril do ano passado, após embates com Bolsonaro e por se recusar a assinar um protocolo recomendando o uso de cloroquina para o tratamento da covid-19. Estudos afirmam que o medicamento não tem eficácia contra o coronavírus e podem até causar outros problemas de saúde.
Mandetta é ouvido na comissão em condição de testemunha, e tem o compromisso de dizer a verdade. Caso contrário, poderá incorrer no crime de falso testemunho.
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