Topo

Esse conteúdo é antigo

Ninguém vai ocupar espaço de Covas no PSDB, diz secretário Marco Vinholi

Leonardo Martins

Do UOL, em São Paulo

16/05/2021 12h54

A morte do prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas, deixa um vazio no PSDB que não poderá ser ocupado por outro expoente da política tucana. Essa é a análise feita hoje (16) por Marco Vinholi, amigo pessoal de Covas, secretário de Desenvolvimento Regional do governo de São Paulo e presidente do diretório paulista do PSDB.

Covas faleceu na manhã de hoje após ter seu quadro de câncer agravado e, desde sexta-feira, ter se torna irreversível.

Vinholi e Covas se conheceram há mais de 13 anos na Juventude Tucana, grupo para jovens políticos do PSDB. Covas foi presidente nacional do grupo em meados de 2008.

Internamente, Covas era visto como um quadro em potencial para o PSDB, que no momento encontra dificuldades de originar quadros políticos para disputas de eleições majoritárias.

Vinholi ressaltou ao UOL que o partido ainda não discutia o futuro político do prefeito, mas que o natural seria uma candidatura ao governo de São Paulo em eleições futuras.

"Bruno poderia ocupar qualquer cargo público. Não foi conversado, mas poderia, sim, ser governador de São Paulo, e assim sucessivamente. Ninguém vai ocupar o espaço de Bruno Covas no PSDB, ele será um exemplo para sempre, mas ninguém vai ocupar seu espaço", disse o secretário.

Morre Bruno Covas, prefeito de São Paulo; veja imagens da carreira política

Ele falou que amigos e colegas de trabalho tinham a consciência da gravidade da doença de Covas, mas que sua morte foi um susto.

"Nós acompanhamos a doença, sabíamos dela, mas é chocante. Bruno representava muito para nós. Enfrentou uma pandemia, foi reconhecido nas urnas, reeleito prefeito. É uma dor incomensurável", disse.

Para Vinholi, a relação com o prefeito em exercício, Ricardo Nunes (MDB), definida como "boa" pelo secretário, tende a se manter assim.

"Covas deixou um testamento, que é a prefeitura de São Paulo e seu governo, sua campanha aprovada nas urnas. É isso que deve ser seguido", concluiu.