A morte do prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas, deixa um vazio no PSDB que não poderá ser ocupado por outro expoente da política tucana. Essa é a análise feita hoje (16) por Marco Vinholi, amigo pessoal de Covas, secretário de Desenvolvimento Regional do governo de São Paulo e presidente do diretório paulista do PSDB.
Covas faleceu na manhã de hoje após ter seu quadro de câncer agravado e, desde sexta-feira, ter se torna irreversível.
Vinholi e Covas se conheceram há mais de 13 anos na Juventude Tucana, grupo para jovens políticos do PSDB. Covas foi presidente nacional do grupo em meados de 2008.
Internamente, Covas era visto como um quadro em potencial para o PSDB, que no momento encontra dificuldades de originar quadros políticos para disputas de eleições majoritárias.
Vinholi ressaltou ao UOL que o partido ainda não discutia o futuro político do prefeito, mas que o natural seria uma candidatura ao governo de São Paulo em eleições futuras.
"Bruno poderia ocupar qualquer cargo público. Não foi conversado, mas poderia, sim, ser governador de São Paulo, e assim sucessivamente. Ninguém vai ocupar o espaço de Bruno Covas no PSDB, ele será um exemplo para sempre, mas ninguém vai ocupar seu espaço", disse o secretário.
Morre Bruno Covas, prefeito de São Paulo; veja imagens da carreira política
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Bruno Covas ainda criança com avô, o ex-governador Mário Covas
Divulgação 2 / 20
Covas com os avós em sua formatura; Ele é bacharel em Direito pela USP (Universidade de São Paulo) e em Economia pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)
Acervo pessoal 3 / 20
Covas iniciou cedo na carreira política, ingressando aos 18 anos, em 1998, na Juventude Tucana, do PSDB
VIDAL CAVALCANTE/AE 4 / 20
Covas foi eleito deputado estadual, pelo PSDB, em 2006 com 122.312 votos. Em 2010, foi reeleito para o cargo, sendo o mais votado do pleito, com 239.150 votos
Reprodução/Alesp 5 / 20
Em 2011, Covas assumiu a secretaria do Meio Ambiente durante a gestão de Geraldo Alckmin (PSDB)
Reprodução/Facebook 6 / 20
Em 2014, Covas foi eleito deputado federal com 352.708 votos, sendo o quarto mais votado por São Paulo
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Covas concorreu como vice-prefeito na chapa de João Doria nas eleições municipais de 2016, recebendo 3.085.187 votos, sendo eleitos no primeiro turno
HÉLVIO ROMERO/ESTADAO CONTEUDO 8 / 20
Covas assumiu a prefeitura em 2018, após Doria renunciar ao cargo para concorrer ao governo do estado de São Paulo
Leia mais Divulgação 9 / 20
Bruno Covas posa com João Doria em sua cerimônia de posse como prefeito em abril de 2018
Reprodução/Instagram 10 / 20
Bruno Covas comemora aniversário de São Paulo comendo um pedaço do tradicional bolo gigante no bairro Bixiga
Rubens Cavallari/Folhapress 11 / 20
Em 2019, Bruno Covas foi internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratar uma infecção bacteriana na perna
Valéria Gonçalvez/Estadão Conteúdo 12 / 20
No entanto, em alguns dias a equipe médica identificou um tumor maligno no trato digestivo do prefeito
Otavio Valle/Folhapress 13 / 20
Na ocasião, Covas continuou exercendo o cargo de prefeito do hospital
Jardiel Carvalho/Folhapress 14 / 20
Em 2020, Bruno Covas se candidatou à reeleição como prefeito de São Paulo
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Ele venceu o pleito com 3.169.121 de votos no 2º turno
REUTERS/Amanda Perobelli 16 / 20
Seu vice-prefeito foi o empresário Ricardo Nunes (MDB), agora prefeito da capital paulista
RONALDO SILVA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO 17 / 20
Em junho de 2020, Bruno Covas recebeu o diagnóstico de covid-19. Ele continuou trabalhando isolado em casa, e recebeu alta após 12 dias
Leia mais Marcelo Chello/Estadão Conteúdo 18 / 20
Em abril de 2021, novos exames confirmaram que o câncer havia se propagado para o fígado e ossos. No dia 2 de maio, Covas se afastou do cargo de prefeito para focar no tratamento
Reprodução/Instagram 19 / 20
Ele precisou ser transferido para a UTI quando uma endoscopia revelou um sangramento no local onde havia o tumor. Na foto, Bruno Covas no hospital com o filho, Tomás Covas
Reprodução/Instagram 20 / 20
Covas chegou a apresentar melhora e foi transferido para o leito semi-intensivo. Na foto, ele recebe uma visita do governador João Doria
Reprodução/Instagram Ele falou que amigos e colegas de trabalho tinham a consciência da gravidade da doença de Covas, mas que sua morte foi um susto.
"Nós acompanhamos a doença, sabíamos dela, mas é chocante. Bruno representava muito para nós. Enfrentou uma pandemia, foi reconhecido nas urnas, reeleito prefeito. É uma dor incomensurável", disse.
Para Vinholi, a relação com o prefeito em exercício, Ricardo Nunes (MDB), definida como "boa" pelo secretário, tende a se manter assim.
"Covas deixou um testamento, que é a prefeitura de São Paulo e seu governo, sua campanha aprovada nas urnas. É isso que deve ser seguido", concluiu.
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