Lula lembra Marielle e provoca choro de Jean Wyllys em filiação ao PT
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) levou o ex-deputado federal Jean Wyllys às lágrimas hoje ao lembrar o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) durante o ato virtual de filiação de Jean ao Partido dos Trabalhadores. Durante o discurso de Lula, o ex-deputado chorou quando o ex-presidente comparou a morte de Marielle com as ameaças que Jean vinha sofrendo antes de deixar o país.
No início de 2019, após se reeleger como deputado pela segunda vez pelo PSOL, Jean Wyllys disse que estava sendo ameaçado de morte e decidiu não assumir o novo mandado conquistado nas eleições de 2018. Atualmente, ele vive na Espanha, onde se dedica ao doutorado em Ciências Políticas na Universidade de Barcelona.
Quem mandou matar Marielle? Talvez os mesmos que gostariam de matar Jean Wyllys.
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República
À época da sua saída do Brasil, Jean Wyllys disse que tinha tomado a decisão de não assumir o novo mandado na Câmara porque o número de ameaças que recebia tinha aumentado após o assassinato de Marielle e do motorista dela, Anderson Gomes, em março de 2018. Mais de três anos após o crime, a investigação da Polícia Civil ainda não apontou os mandantes do assassinato.
"Você, recebendo ameaças de morte, chorou a morte da nossa querida Marielle Franco", disse Lula durante o evento virtual, que contou com a participação da irmã de Marielle, Anielle Franco, além das maiores figuras do PT, como Dilma Rousseff, Fernando Haddad e a presidente nacional da legenda, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).
Em 1980 era preciso derrotar a ditadura militar, era preciso reconstruir o Brasil. Quatro décadas depois, sua chegada ao Partido dos Trabalhadores coincide com outra luta histórica. Agora, é imprescindível derrotar o fascismo que se instalou no nosso país.
Lula, ex-presidente da República
Fama de petista
Durante sua fala sobre a filiação ao novo partido, Jean Wyllys lembrou que já era tido como petista há muitos anos, até por pessoas de dentro do próprio PSOL. O ex-deputado disse que chega ao PT com a clara intenção de apoiar a candidatura de Lula à presidência em 2022, contra o atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Estava levando a fama sem deitar na cama, uma vez que paguei um alto preço por isso, mesmo não sendo até o dia de hoje petista de fato.
Jean Wyllys, ex-deputado federal
Assim como Lula, Jean também repetiu que sua filiação é uma "estratégia contra o fascismo", em referência ao governo Bolsonaro.
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