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Se eu tivesse autoridade da covid, situação seria diferente, diz Bolsonaro

01.jun.21 - Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fala a apoiadores na frente do Palácio do Alvorada - Reprodução/Foco do Brasil
01.jun.21 - Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fala a apoiadores na frente do Palácio do Alvorada Imagem: Reprodução/Foco do Brasil

Do UOL, em São Paulo

01/06/2021 12h00Atualizada em 01/06/2021 12h08

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse hoje que "se tivesse autoridade sobre a questão da covid, a situação estaria diferente no Brasil". A declaração foi dada a apoiadores na frente do Palácio da Alvorada.

"Se eu tivesse autoridade sobre a questão da covid, a situação estaria diferente no Brasil. Eu não fechei nada, não mandei ninguém ficar em casa e não destruí empregos", disse Bolsonaro em crítica a governadores e prefeitos.

Desde o início da pandemia do coronavírus, o Brasil registrou 462.966 mortes pela doença. Para Bolsonaro, o lockdown e outras medidas restritivas "não tem comprovação científica". Apesar da fala, o presidente defende medicamentos sem eficácia contra a covid-19 para o tratamento precoce —Bolsonaro é investigado por omissões e ações do governo durante a pandemia.

Além de culpar governadores, e dizer que o saldo da pandemia "não é culpa do presidente", Bolsonaro atacou a imprensa: "Essa mídia que está aí para desinformar age como partido político opositor do governo".

"Como consequência da ação dos prefeitos e governadores, o setor de eventos e turismo foi para baixo, o setor de hotelaria também perdeu", disse Bolsonaro. "Esse final de semana, eles foram para rua e alegaram que de máscara não tem problema. Então porque não abrir o comércio? A gente vê um movimento que se aproveita da questão do vírus para fins políticos."

No sábado, manifestações em 213 cidades no Brasil e 14 cidades no exterior, protestaram contra o governo Bolsonaro e pediram o impeachment do presidente. Também entraram na pauta de reivindicações a demanda por auxílio emergencial de ao menos R$ 600 e os repúdios à privatização de estatais e a cortes de orçamento no MEC (Ministério da Educação).

Segundo os organizadores, os atos reuniram 420 mil pessoas. Ontem, Bolsonaro minimizou as manifestações e disse que o movimento "teve pouca gente" por falta de maconha.