Topo

Esse conteúdo é antigo

Weintraub: Falava de tratamento com Bolsonaro pois tenho pós em neurologia

Ex-assessor da Presidência da República Arthur Weintraub disse que falava de tratamento precoce com Bolsonaro devido ao currículo de pesquisador - Reprodução/Youtube
Ex-assessor da Presidência da República Arthur Weintraub disse que falava de tratamento precoce com Bolsonaro devido ao currículo de pesquisador Imagem: Reprodução/Youtube

Colaborador para UOL

07/06/2021 20h44

Em entrevista à Jovem Pan, o ex-assessor da Presidência da República Arthur Weintraub comentou sobre sua atuação em parceria com Jair Bolsonaro (sem partido) no início da pandemia e revelou que entregava estudos que apresentavam benefícios do tratamento precoce para ajudar no combate ao coronavírus.

O assessor está sendo acusado de participação de um possível gabinete paralelo que atuaria de modo extraoficial na orientação de Bolsonaro nas ações da pandemia no país. O tema é um dos principais investigados na CPI da Covid.

Durante o bate-papo, Arthur ressaltou o próprio currículo e a carreira de pesquisador.

"Eu passei a ficar encarregado de levar informações e estudos de possíveis tratamentos contra a covid-19. Eu tenho um histórico acadêmico, minha área é no Direito, mas tenho pós-doutorado em neurologia. Quando eu comecei a levar para o presidente os artigos, era no início da pandemia, quando diziam que não havia cura para a doença. Isso é inaceitável. O que chegava até mim é que existia uma possibilidade de tratamento, então a gente precisava tentar fazer algo pra salvar vidas", disse.

Weintraub também disse que Bolsonaro se atentava aos estudos enviados pelo assessor e se preocupava com as contraindicações do tratamento precoce: "Eu levei ao presidente estudos e pré-estudos de médicos e pesquisadores, eu resumia e passava para ele essas pesquisas que apresentavam linhas benéficas e os malefícios. O presidente enfatizava as suas preocupações e questionava suas todas as dúvidas dessas contraindicações".

Ainda na entrevista, o assessor voltou a reafirmar sua inocência em relação às investigações da CPI da Covid.

"Não tenho nada a esconder, muito pelo contrário. Eu só estava tentando salvar vidas. Você está numa condição de assessorar o presidente e está vendo gente morrer, você tenta o máximo de informações para tentar resolver os problemas que o país está vivendo", declarou.