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Bolsonaro falará com Queiroga sobre uso de proxalutamida contra covid

Marcelo Mota

Do Estadão Conteúdo / Em São Paulo

18/07/2021 13h39Atualizada em 18/07/2021 14h33

Ao deixar o hospital Vila Nova Star, na manhã desta domingo, na zona sul de São Paulo, onde estava internado desde quarta-feira, 14, o presidente Jair Bolsonaro voltou a falar , sem provas, sobre a "baixa efetividade da CoronaVac". Ele defendeu ainda o uso de medicamentos de eficácia ainda não comprovada para "curar" covid-19, como a proxalutamida.

Minha mãe tem 94 anos. Se ficasse doente, eu autorizaria o tratamento dela com proxalutamida."
Jair Bolsonaro

Atualmente, a proxalutamida está sob investigação e não é comercializada. Seu uso para covid-19 não foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), FDA (órgão regulador dos EUA) ou qualquer outra agência regulatória equivalente.

Depois de deixar o hospital acompanhado por Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, e pelo deputado federal José Olímpio (DEM-SP), Bolsonaro seguiu para o aeroporto de Congonhas, onde embarcou para Brasília. Até o momento, não há compromissos em sua agenda para hoje e amanhã.

Bolsonaro disse que vai chamar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para tratar dessa questão já amanhã, segunda-feira. Para o presidente, é preciso testar alternativas livremente. Ele ressaltou que as vacinas foram aprovadas em caráter emergencial e voltou a falar, mais uma vez, sobre a baixa eficácia da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

Ao citar, na sua avaliação, a baixa efetividade da CoronaVac, Bolsonaro voltou a criticar o governador de São Paulo, o tucano João Doria (PSDB), um dos maiores defensores desse imunizante. "O Doria, mesmo vacinado, pegou de novo o coronavírus."