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Santos Cruz: 'Não tem a mínima condição de ter golpe'

General Carlos Alberto Santos Cruz disse que não há "a mínima chance" de golpe no Brasil - REUTERS/ADRIANO MACHADO
General Carlos Alberto Santos Cruz disse que não há 'a mínima chance' de golpe no Brasil Imagem: REUTERS/ADRIANO MACHADO

Colaboração para o UOL

23/07/2021 12h50

O ex-ministro e general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz disse hoje que acha um absurdo e uma "falta de responsabilidade muito grande" levantar a possibilidade de golpe no Brasil. Para o general, seria um absurdo inaceitável para o país.

"Não tem a mínima condição de ter golpe, nossa sociedade não vai aceitar nunca um absurdo desses. Você não pode considerar que o Brasil ainda se encontra na fase de ter que desviar sua atenção para ficar se preocupando com golpe", disse, em participação no UOL News da tarde de hoje.

Para o general da reserva, essa não deve ser uma pauta nacional. Na opinião de Santos Cruz, o país não pode viver "na mediocridade de ameaças", incluindo ataques às eleições, ao sistema eleitoral, ou de dizer "que irá chamar exército", em referência a falas do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido).

"Esse monte de falta de responsabilidade só traz intranquilidade e não tem nenhuma base real", garantiu.

Militares no governo

Sobre a participação de militares no Executivo, Santos Cruz disse não ser contra e afirmou não ver "problema nenhum" de serem parte de governos porque isso sempre aconteceu. No entanto, o general da reserva acredita que, atualmente, há uma quantidade excessiva.

"Você não pode colocar uma quantidade como está acontecendo, de maneira proposital, que você deforma a representação social nos escalões do governo. E além disso, a intenção de você transferir o prestígio das instituições militares para o governo, e um governo que não tem uma atuação admirável", disse.

O ex-ministro pontuou, também, que há desgaste da imagem do exército. Santos Cruz também criticou o que chamou de "exploração do posto de capitão" por Bolsonaro que, segundo ele, não tem "nenhuma característica militar".

Além disso, ressaltou que não é a presença de militares que leva à preocupação de golpe e, sim, o discurso, postura e ameaças adotadas pelo governo federal.