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Flávio Bolsonaro diz que desfile militar não foi ameaça, mas 'patriotismo'

O senador Flávio Bolsonaro defendeu ato, que foi criticado por parlamentares da oposição - MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
O senador Flávio Bolsonaro defendeu ato, que foi criticado por parlamentares da oposição Imagem: MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

10/08/2021 19h38Atualizada em 10/08/2021 19h41

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), defendeu hoje o desfile militar que aconteceu nesta manhã em Brasília, dizendo que o ato não foi uma ameaça, mas um "gesto de patriotismo".

"Eu entendo o pavor que alguns, em especial da Esquerda, têm quando veem militares fardados num gesto de patriotismo, num gesto de cidadania, porque eles enxergam logo aqueles ídolos deles, como por exemplo, lá em Cuba, na Venezuela, na Coreia do Sul", declarou ele durante a sessão da Casa que discute a revogação da Lei de Segurança Nacional.

"Então só para deixar muito transparente isso tudo, porque na narrativa que é criada, parece que há uma espécie de ameaça velada. Não tem ameaça nenhuma. O Exército Brasileiro sempre esteve e sempre estará, as Forças Armadas sempre estiveram, e sempre estarão, ao lado da Constituição da República Federativa do Brasil", continuou.

O senador disse ainda que a população deveria aplaudir os militares. "Quando virem militares nas ruas, aplaudam, agradeçam pelo que estão fazendo, inclusive durante essa pandemia. Muitos índios lá na Amazônia só estão sendo vacinados por causa do trabalho das Forças Armadas. O oxigênio só chegou em Manaus, depois daquela trágica situação em janeiro, por causa das Forças Armadas", declarou.

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro acompanhou da rampa do Palácio do Planalto um comboio de tanques e outros veículos blindados.

O evento inédito gerou protestos, principalmente da oposição, já que ocorreu no mesmo dia em que a Câmara pautou a votação da proposta de emenda à Constituição que institui o voto impresso. Segundo o comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, foi uma "coincidência de datas".

"Foi uma coincidência de datas, que nós não tínhamos como prever. Na verdade, o Congresso marcou na data que a gente já tinha programado. Então talvez isso é que tenha criado todo um pouco de ruído", afirmou o almirante em entrevista à GloboNews.

Fotos do desfile de tanques e blindados por Brasília

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.