Prisão de Roberto Jefferson gera críticas e comemoração entre políticos
A prisão do ex-deputado federal e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, gerou uma onda de comemorações e críticas entre políticos nas redes sociais.
Um dos principais aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Jefferson foi preso preventivamente por envolvimento em uma suposta milícia digital que atua contra a democracia. Além da prisão, o ministro também autorizou pedido de busca e apreensão na residência do político.
No Twitter, políticos críticos do ex-deputado comemoram a decisão do STF, enquanto apoiadores criticaram a detenção. Confira:
"Para o governo Bolsonaro, Roberto Jefferson, condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, é um "soldado da liberdade e da democracia". É uma completa inversão de valores. Defensores de bandidos", escreveu o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ).
"STF determina prisão de Roberto Jefferson por ataques às instituições democráticas. O comboio do golpismo vai indo pra onde merecem. Falta o chefe da quadrilha, Jair Bolsonaro", disse o pré-candidato ao governo de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL-SP).
"O ministro Alexandre mandou prender o psicopata Roberto Jefferson, homofóbico, tirano, que vive atentando contra as instituições democráticas e as minorias sociais. Grande dia! Valeu! Faz arminha agora, Roberto Jefferson!", comemorou a vereadora Érika Hilton (PSOL-SP).
"Um dos principais aliados do presidente Bolsonaro, Roberto Jefferson tem prisão preventiva decretada suspeito de integrar organização criminosa que faz ataques à democracia. PF faz buscas nessa manhã", publicou o deputado federal Henrique Fontana (PT-SP).
"Minha solidariedade a Roberto Jefferson. Mais uma prisão arbitrária no Brasil! Enquanto isto, o Senado, a única Casa que tem poder para barrar estes abusos está de joelhos ao sistema. O jurídico do PTB está tomando todas as medidas cabíveis nacionais e internacionais", escreveu o deputado estadual Douglas Garcia (PTB-SP).
Filha de Roberto Jefferson, Cristhiane Brasil usou uma frase de Jair Bolsonaro para criticar a prisão do pai. "Cadê o 'acabou porr*'? Estão prendendo os conservadores e o bonito não faz nada? O próximo será ele! E se não for preso, não vai poder sair nas ruas", disse.
"O que são atos antidemocráticos? Milícia digital? Fake news? A democracia, essa balela de Estado democrático de direito, já não estão sob ameaça, estão sob ataque intenso mesmo. O Senado tem que enxergar quem joga fora das 4 linhas da constituição", tuitou o deputado federal e filho do presidente Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que também pediu a liberdade de Roberto Jefferson.
O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, está entre os que criticaram a detenção de Roberto Jefferson. No Twitter, Weintraub disse não concordar com algumas falas de Jefferson, mas que a sua prisão abre uma espécie de precedente e que, no futuro, o próprio ex-ministro poderá sofrer condenações: "Hoje foi o Bob Jeff, amanhã serei eu e, em breve, será você!", escreveu.
Mourão: 'Mandar prender é complicado'
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) declarou hoje que "mandar prender é complicado" ao comentar a prisão do ex-deputado federal Roberto Jefferson, determinada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Mourão se pronunciou na chegada ao Palácio do Planalto e disse ainda que Jefferson faz "críticas pesadas", mas que os ofendidos podem buscar processá-lo pelas declarações.
"Tenho visto que Roberto Jefferson faz as críticas, que você pode colocar como pesadas. Se o camarada se sente ofendido, acho que ele tem que buscar o devido processo. Moraes tem uma certa prorrogativa, então essa história de mandar prender acho meio complicada", disse.
Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Jefferson foi preso preventivamente pela Polícia Federal após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Também serão bloqueados os conteúdos postados pelo ex-deputado nas redes sociais e armas serão apreendidas.
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