CPI da Covid deve ouvir ministro Queiroga pela terceira vez, diz Renan
A CPI da Covid deverá ouvir pela terceira vez o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. A informação foi dada pelo relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), hoje à noite (19), em entrevista à Globo News. Ele também não descartou que a entrega do relatório poderá ser adiada em uma ou duas semanas por causa dos novos desdobramentos do trabalho da comissão.
É importante ouvir de novo o ministro da Saúde, em função do acervo de informações produzidas pela CPI diante desse farto material probante", disse o relator da CPI. "Ainda mais depois que o ministro da Saúde suspendeu a vacinação de adolescentes. Depois que ele disse que essa decisão havia sido do [presidente] Bolsonaro."
Não resta nenhuma dúvida que o Queiroga está se comportando à frente do ministério da mesma forma que o general [Eduardo] Pazuello se comportou. Aquela coisa de que um manda e o outro obedece. O Queiroga é uma espécie de Pazuello de jaleco e por isso ele precisa ser novamente convocado e ouvido na CPI."
Renan Calheiros (MDB-AL), senador e relator da CPI
Sobre a entrega do relatório
O parlamentar disse que está pronto para apresentar o relatório na data que foi estipulada —na próxima na quinta-feira (23). Mas fez uma ressalva em razão das novas denúncias sobre procedimentos irregulares Prevent Senior e a necessidade de ouvir o proprietário da Precisa Medicamentos, Danilo Trento.
"Nós poderemos ter mais uma semana ou duas semanas aí de depoimentos e trabalho. O que significa dizer que a data de apresentação do relatório deixaria de ocorrer na próxima quinta-feira", disse Calheiros.
A Precisa foi responsável por intermediar contrato do Ministério da Saúde para a compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin, da fabricante indiana Bharat Biotech, ao custo de R$ 1,6 bilhão. O dinheiro chegou a ser reservado pelo governo federal em fevereiro deste ano, mas o contrato acabou cancelado após série de suspeitas de erros e ilegalidades vir à tona.
Com relação à Prevent Senior, o senador se referiu à suspeita de que a empresa teria ocultado a morte de pacientes que participaram —sem conhecimento— de um estudo para testar a eficácia da hidroxicloroquina e da azitrominicina contra a covid-19. A empresa nega as acusações.
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